O sucesso da série abriu as portas para o cinema, onde estreou em 1968 comandando o clássico "Primavera Para Hitler", que lhe rendeu o Oscar de Roteiro Original.
A partir daí, Brooks seguiu carreira como um dos mais criativos comediantes da história do cinema, sendo o pai dos "filmes paródia", estilo hoje totalmente desgastado, mas que nos anos setenta e oitenta rendeu divertidas comédias.
Brooks dirigiu apenas onze filmes, além de um que não chegou a assinar como diretor, mas foi o mentor intelectual. Dividirei as resenhas em duas postagens, sendo que não assisti apenas "Que Droga de Vida!", um dos últimos trabalhos do diretor.
Primavera
Para Hitler (The Producers, EUA, 1968) – Nota 8
Direção –
Mel Brooks
Elenco –
Zero Mostel, Gene Wilder, Kenneth Mars, Dick Shawn, Estelle Winwood, Lee
Meredith.
O produtor
Max Bialystock (Zero Mostel) seduz mulheres idosas ricas para bancar suas peças
de teatro, que invariavelmente resultam em fracassos. Quando Max conhece o
contador Leo Bloom (Gene Wilder), este diz que um fracasso pode ser mais
lucrativo que o sucesso, desde que seja vendido um percentual da peça
para um grande números de pessoas. A dupla decide aplicar o golpe, vendendo
mais de mil por cento em cotas de um musical onde o personagem principal é um
Hitler cantor (Kenneth Mars). O que seria a certeza de um fracasso, se torna
uma comédia de sucesso que deixa a dupla de golpistas em apuros. Além da
ótima dupla principal, o falecido Kenneth Mars está impagável como o imitador
de Hitler.
Banzé na Rússia (The Twelve Chairs, EUA, 1970) – Nota 6,5
Direção – Mel Brooks
Elenco – Ron Moody, Frank Langella, Dom DeLuise, Mel Brooks, Andréas Voutsinas, Diana Coupland.
Em 1920 na União Soviética, um aristocrata (Ron Moody) que ficou pobre em consequência da Revolução Russa, descobre que sua sogra deixou uma fortuna em joias escondida dentro de uma cadeira. O problema é que a mulher tinha doze cadeiras idênticas e cada uma delas ficou com uma pessoa diferente. Para piorar a situação, um padre (Dom DeLuise), seu antigo criado (Mel Brooks) e um ladrão (Frank Langella) também ficam sabendo do segredo e partem em busca da fortuna.
Baseada numa peça de teatro russa que satirizava a revolução ocorrida no país, este filme lembra de longe o clássico “Deu a Louca no Mundo”, onde vários personagens procuravam um tesouro escondido, porém o resultado é irregular, principalmente porque algumas piadas com contexto histórico não funcionam.
Banzé no Oeste
(Blazing Saddles, EUA, 1974) - Nota 8
Direção – Mel Brooks
Elenco – Gene Wilder, Cleavon Little, Mel Brooks, Madeline Kahn, Dom DeLuise, Harvey Korman, Slim Pickens, Alex Karras, David Huddleston, John Hillerman.
Direção – Mel Brooks
Elenco – Gene Wilder, Cleavon Little, Mel Brooks, Madeline Kahn, Dom DeLuise, Harvey Korman, Slim Pickens, Alex Karras, David Huddleston, John Hillerman.
Numa pequena cidade do velho oeste, onde quase
todos os moradores tem o sobrenome Johnson, quando o xerife é assassinado pelos
capangas do vilão Hedley Lamar (Harvey Korman), o governador (Mel Brooks)
decide dar o cargo para Bart (Cleavon Little), que se torna o primeiro xerife
negro do velho oeste. Para tentar colocar ordem na cidade, Bart recebe ajuda de
um pistoleiro bêbado (Gene Wilder) e ainda precisa enfrentar os brancos
racistas.
Esta sátira aos clichês do western é um dos trabalhos mais divertidos
de Mel Brooks. Sobram farpas para todos os lados. O nome do vilão é uma gozação
com a atriz Hedy Lamarr, o personagem de Wilder é o esteriótipo do pistoleiro
bêbado comum em vários filmes do gênero, além de Madeline Kahn interpretando uma
mulher sedutora ao estilo Marlene Dietrich. Não se pode deixar de destacar o
trabalho do falecido Cleavon Little como o protagonista e a absurda sequência
final.
O Jovem
Frankenstein (Young Frankenstein, EUA, 1974) – Nota 8
Direção –
Mel Brooks
Elenco –
Gene Wilder, Peter Boyle, Marty Feldman, Teri Garr, Cloris Leachman, Madeline
Kahn, Kenneth Mars, Gene Hackman.
O Dr.
Frankenstein (Gene Wilder) é um neurocirurgião que viaja para Transilvânia após
receber a notícia da morte do avô. O velho tinha fama de maluco por fazer
experiências estranhas. Chegando ao castelo do avô, ele encontra a bela Inga
(Teri Garr), que era assistente do velho, o sinistro mordomo Igor (Marty
Feldman) e a estranha governanta Frau Blucher (Cloris Leachman). Após encontrar
um livro em que seu avô descrevia suas experiências, o jovem médico acredita
ter descoberto a fórmula de dar vida aos mortos. Para colocar a experiência em
prática, o médico e seus novos amigos desenterram o corpo de um
assassino (Peter Boyle), porém o resultado é inesperado.
Desta vez a sátira de
Brooks tinha como alvo os filmes de terror da Universal dos anos trinta e
quarenta, utilizando a clássica história do monstro de Frankenstein como ponto
de partida para muitas piadas. Vários diálogos são trocadilhos e jogos de palavras
intraduzíveis, mesmo assim é impossíveç não rir das situações absurdas. Uma das
sequências mais engraçadas é o encontro do monstro com o cego barbudo
interpretado por Gene Hackman.
A Última Loucura de Mel
Brooks (Silent Movie, EUA, 1976) – Nota 7,5
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Marty Feldman, Dom DeLuise, Bernadette Peters, Sid Caesar,
Burt Reynolds, James Caan, Liza Minelli, Paul Newman, Anne Bancroft, Marcel
Marceau, Barry Levinson, Howard Hesseman, Harold Gould, Valerie Curtin.
Nesta hilariante comédia, Mel
Brooks faz o papel de um diretor de cinema que tem a brilhante ideia de fazer
um filme mudo nos dias atuais para tentar salvar o estúdio da falência.
Contando com a ajuda dos amigos (o estranho e engraçado Marty Feldman e o
gorducho Dom DeLuise), ele sai à caça de astros para participarem de seu filme
e assim conseguir financiamento, porém arruma muita confusão ao encontrar figuras
como Burt Reynolds, James Caan e Paul Newman, com um detalhe, o filme é sonoro
mas tem não tem diálogo algum.
Esta ótima homenagem ao cinema mudo está
recheada de gags e fica ainda mais engraçada com os astros convidados
interpretando eles mesmos, não falando uma palavra sequer e ainda sendo alvos
das desastradas sequências.
Um comentário:
adoro. beijos, pedrita
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