Alta Tensão (Haute Tension, França / Itália / Romênia, 2003)
– Nota 6,5
Direção – Alexandre Aja
Elenco – Cécile de France, Maiwenn, Philippe Nahon, Franck
Khalfoun.
Marie (Cécile de France) e Alexia (Maiwenn) são amigas de
universidade que viajam para o interior da França com destino a fazenda onde vivem
os pais de Alexia. A fazenda fica num local isolado próximo a um sinistro
milharal. As amigas chegam na fazenda a noite e assim que começam a dormir,
surge um velho caminhão guiado por um psicopata (Philippe Nahon) que tem o
objetivo de assassinar todas as pessoas da casa.
Com um estilo cru e algumas
cenas violentas quase insanas que lembram o superior “Wolf Creek”, este longa
fez grande sucesso na França e abriu caminho para o diretor Alexandre Aja fazer
carreira em Hollywood, tendo estreado com o interessante “Viagem Maldita”, boa
refilmagem do clássico B “Quadrilha de Sádicos, obra de Wes Craven.
Este “Alta
Tensão” tem como pontos positivos o clima aterrador, com uma tensão constante e
o vilão assustador, que usa um boné fazendo com que o espectador não consiga
ver seus olhos. A atriz Cécile de France, que ficaria conhecida mundialmente em
“O Impossível”, também dá conta do recado como a jovem que enfrenta o
psicopata.
Tudo isso poderia render um ótimo filme de terror, porém o problema
surge com a surpresa final, que ao invés de qualificar a trama, acaba criando
diversos furos no roteiro assinado pelo próprio diretor. O espectador que
analisar com calma, perceberá que algumas situações não se encaixam por causa desta
reviravolta.
O resultado é um filme que incomoda por causa do sangue e do clima
de terror, mas que infelizmente sente falta de um roteiro melhor.
O Santuário (The Shrine, Canadá, 2010) – Nota 5,5
Direção – Jon Knautz
Elenco – Aaron Ashmore, Cindy Sampson, Meghan Heffern,
Trevor Matthews, Vieslav Krystyan.
A jornalista Carmen (Cindy Sampson) fica intrigada com a
notícia do desaparecimento de um jovem mochileiro em uma pequena vila no
interior da Polônia. A situação é ainda mais estranha, pois a bagagem do rapaz
foi enviada de volta para casa. Carmen descobre que nos últimos anos vários
jovens sumiram naquela região. Seu editor considera que a notícia não é
interessante, mesmo assim, Carmen decide viajar para Polônia e investigar por
conta própria. Para este trabalho, ela leva o namorado e fotógrafo Marcus
(Aaron Ashmore) e a estagiária Sara (Meghan Heffern).
Chegando na remota vila,
eles percebem uma estranha fumaça no meio da floresta, ao mesmo tempo em que
são recebidos pessimamente pelos moradores, que os expulsam do local. Lógico
que eles não desistem e decidem descobrir o que existe na floresta, dando
início a uma jornada de terror.
Na última década se tornou comum ambientar
filmes de terror e suspense no leste europeu, temos exemplos como “O Albergue”
e “A Caverna”. Este “O Santuário” segue o estilo, porém a Polônia filmada aqui
fica na verdade em Ontario no Canadá. Este fato não seria problema se o filme
fosse bom.
Os erros começam com o péssimo elenco, onde apenas o conhecido Aaron
Ashmore tem uma atuação razoável e seguem pelo fraco roteiro que cria uma
motivação simplista para os jovens viajarem por conta para investigar o caso.
Como ponto positivo, temos o clima sinistro nas sequências no vilarejo e a
interessante reviravolta no final.
Em alguns momentos o filme lembra “A Vila”
de M. Night Shyamalan, porém bem menos complexo e inferior na qualidade.
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