terça-feira, 9 de setembro de 2014

Mel Brooks - Parte Final

Alta Ansiedade (High Anxiety, EUA, 1977) - Nota 7
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Madeline Kahn, Cloris Leachman, Harvey Korman, Dick Van Patten, Ron Carey, Barry Levinson.

O Dr. Richard H. Thorndyke (Mel Brooks) é escolhido para ser o novo administrador de um sanatório após a misteriosa morte do anterior. Ao começar seu trabalho, Thorndyke, que também sofre de ansiedade, precisa lidar com a assustadora enfermeira Diesel (Cloris Leachman) e o Dr. Montague (Harvey Korman) que deseja ser o administrador do local. Quando Thorndyke participa de um congresso sobre psiquiatria, ele é procurado por Victoria (Madeline Kahn), filha de um rico industrial que está preso no sanatório como parte de um plano de Diesel e Montague, que mantém pessoas normais internadas para receber os pagamentos pelo tratamento fajuto. 

O foco da paródia de Brooks neste longa são os filmes de Alfred Hitchcock, começando pelo cartaz que lembra “Um Corpo que Cai” e passando por sequências que são homenagens a diversos trabalhos do mestre do suspense. Mesmo sendo um pouco irregular, o resultado diverte o espectador, principalmente aquele que reconhecer nas cenas as homenagens aos filmes de Hitchcock.

A História do Mundo – Parte I (History of the World: Part I, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Dom DeLuise, Madeline Kahn, Gregory Hines, Harvey Korman, Cloris Leachman, Ron Carey, Pamela Stephenson, Syd Caesar.

Dividindo o filme em segmentos para contar a primeira parte da história do mundo a sua maneira, Mel Brooks criou uma divertida e quase insana comédia que apresenta vários personagens históricos. São pequenas histórias, como a primeira que mostra uma importante descoberta do homem, o segmento da Idade da Pedra narrado por Orson Welles, a confusão de Moisés com Os Dez Mandamentos, a gozação em cima do Império Romano com a participação de Jesus Cristo, seguido da Inquisição Espanhola e da Revolução Francesa. 

Como sempre o elenco está recheado dos amigos de Brooks, que interpreta cinco personagens. Os destaques ficam para Dom De Luise como Nero e Gregory Hines como um escravo malandro na época do Império Romano. 

Sou ou Não Sou (To Be or Not To Be, EUA, 1983) – Nota 7
Direção – Alan Johnson
Elenco – Mel Brooks, Anne Bancroft, Charles Durning, Tim Matheson, José Ferrer, Christopher Lloyd, George Wyner,

Em Varsóvia, durante a invasão nazista na Segunda Guerra, Dr. Frederick Bronski (Mel Brooks) é um ator que vive interpretando “Hamlet” no teatro ao lado da esposa Anna (Anne Bancroft) e de uma trupe de atores. Durante o momento em que Bronski recita o monólogo da peça, sua esposa encontra o jovem tenente Sobinski (Tim Matheson) às escondidas. Quanto o cerco nazista aos judeus aumenta, Sobinski revela ser da Resistência e decide ajudar o casal Bronski e a trupe de atores a fugir do país. 

Refilmagem de um comédia de Ernest Lubitsch de 1942, este longa mesmo não tendo Brooks como diretor oficial, fica clara sua influência no estilo da piadas. As trapalhadas que o grupo de atores enfrenta para fugir do país e as diversas cenas da peça de teatro com Brooks interpretando um ator canastrão são típicas de sua carreira. 

Como curiosidade, este foi o único filme em que Brooks contracenou com sua esposa Anne Bancroft. Além disso, também foi o primeiro filme de Brooks sem pelo menos um de seus colaboradores habituais como Dom DeLuise, Madeline Kahn, Harvey Korman e Cloris Leachman.

S.O.S. – Tem um Louco Solto no Espaço (Spaceballs, EUA, 1987) – Nota 7,5
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Bill Pullman, Daphne Zuniga, John Candy, Rick Moranis, George Winner, Michael Winslow, John Hurt, Dick Van Patten.

Mesmo tendo sido produzido dez anos depois do sucesso do original “Guerra nas Estrelas”, esta paródia é um dos filmes mais divertidos de Mel Brooks e com certeza seu último trabalho de qualidade. 

O planeta Spaceball sofre com problemas na atmosfera e para salvá-lo, o Presidente Skroob (Mel Brooks) ordena que seu oficial Dark Helmet (Rick Moranis) sequestre a Princesa Vespa (Daphne Zuniga) do vizinho planeta Druidia, para exigir em troca todo o ar do local. O Rei Roland (Dick Van Patten) contrata a dupla de mercenários espaciais Lone Starr (Bill Pullman) e Barf (John Candy) para resgatar sua filha. 

A história absurda é apenas um pretexto para as piadas. Algumas sequências são muito engraçadas, como a entrada em cena de Dark Helmet, que revela ser o pequeno Rick Moranis, as sequências em que Mel Brooks aparece como Mestre Yogurt, a participação de John Hurt tirando um sarro de seu papel em “Alien” e ainda as piadas sonoras do sumido Michael Winslow de “Loucademia de Polícia”.  

A Louca! Louca História de Robin Hood (Robin Hood: Men in Tights, EUA, 1993) – Nota 5,5
Direção – Mel Brooks
Elenco – Cary Elwes, Richard Lewis, Roger Rees, Amy Yasbeck, Dave Chappelle, Isaac Hayes, Mel Brooks, Dom DeLuise, Tracey Ullman, Patric Stewart

Após lutar nas Cruzadas, Robin Hood (Cary Elwes) é preso em Jerusalém, mas consegue escapar com a ajuda de outro prisioneiro (o cantor Isaac Hayes). Em troca da ajuda, o sujeito pede que Robin ajude seu filho (Dave Chappelle) que vive na Inglaterra. Após voltar a Inglaterra, Robin encontra o sujeito e se alia a outros homens para lutar contra o Príncipe John (Richard Lewis) e o malvado Xerife de Rottingham (Roger Rees). 

O estilo de Mel Brooks aqui já se mostrava desgastado, as piadas com a história clássica de Robin Hood não funcionam, sendo mais bobas que engraçadas. O elenco também não ajuda, com exceção das pequenas participações de Isaac Hayes e Dom DeLuise, o restante dos personagens não tem carisma algum.  

Drácula – Morto Mas Feliz (Dracula: Dead and Loving It, EUA / França, 1995) – Nota 6
Direção – Mel Brooks
Elenco – Leslie Nielsen, Peter McNicol, Mel Brooks, Amy Yasbeck, Steven Weber, Lysette Anthony, Harvey Korman.

O último trabalho de Mel Brooks na direção foi esta sátira ao clássico Drácula, resultando num filme um pouco melhor que o fraco “A Louca! Louca História de Robin Hood”, mas mesmo assim longe dos melhores longas de sua carreira. 

As piadas são apenas razoáveis, o que salva o filme é o elenco que se entrega a brincadeira. Mel Brooks como Val Helsing, Peter McNicol com o maluco Renfield e principalmente Leslie Nielsen como um Drácula paspalhão, conseguem tirar algumas risadas do espectador. 

Brooks tinha quase setenta anos na época e provavelmente juntando a idade com o desgaste do seu estilo, ele encerrou a carreira como diretor e continuou apenas com participações especiais em seriados e como dublador em algumas animações.

2 comentários:

Pedrita disse...

o telecine cult tem passado os filmes e tenho relembrado trechos. sempre atuais, inovadores. gênio. e diversão certa. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Ele praticamente criou um estilo de comédia, que foi copiado a exaustão.

Bjos