M, O Vampiro de Dusseldorf (M, Alemanha, 1931) – Nota 8,5
Direção – Fritz Lang
Elenco –
Peter Lorre, Otto Wernick, Theodor Loos.
Em Dusseldorf na Alemanha, várias crianças desaparecem
causando pânico na população, situação que coloca todos os policiais em ação na
investigação. Na ânsia para conseguir pistas, os policiais passam a pressionar
todos os frequentadores do submundo. Clubes, boates e bares se tornam alvos da
polícia, fato que começa a atrapalhar os negócios ilegais dos chefões do crime
da cidade. Este se reúnem e para tentar solucionar o problema decidem localizar o psicopata por conta própria. Eles oferecem dinheiro para os
mendigos, ambulantes e pequenos criminosos para vigiarem a cidade e agirem assim
que surgisse algum suspeito.
Esta clássico absoluto foi um dos primeiros filmes
alemães falados, que segue o estilo expressionista, porém diferente de outros
trabalhos do gênero que utilizavam o sobrenatural como tema, aqui a trama é
totalmente realista e polêmica.
O diretor Fritz Lang se baseou na história real
de um psicopata assassino de crianças para criar um filme que vai além do tema. O roteiro mostra o desespero da população que passa a acusar qualquer pessoa
que tenha alguma atitude suspeita, foca na expressão de medo das mães e ousa
ainda ao mostrar o assassino como um doente que sabe que tem um problema, mas
não tem forças para combatê-lo.
Por sinal, a interpretação de Peter Lorre como
o psicopata é ótima. O ator que ficaria conhecido por personagens sinistros em
clássicos como “Casablanca” e “Relíquia Macabra”, aqui já demonstrava talento e
assustava com seus olhos arregalados.
Finalizando, o grande Fritz Lang que já havia
feito clássicos do cinema mudo como “Dr. Mabuse” e “Metropolis”, logo entraria
em conflito com o partido nazista e deixaria a Alemanha para viver nos Estados
Unidos onde faria uma bela carreira, com destaque para filmes como “O Diabo Feito
Mulher” e “Os Corruptos”.
4 comentários:
Clássico total. Meu preferido do Fritz Lang! Várias cenas marcantes aqui, como aquela do balão nos fios de luz.
E ainda nos faz pensar bastante sobre o que é dito no ato final.
Bruno - São vários cenas marcantes, como logo no início quando vemos apenas a silhueta do assassino sobre a palavra "morder".
Abraço
Muito clássico !
Fernando - Clássico absoluto.
Abraço
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