República dos Assassinos (Brasil, 1979) – Nota 7
Direção – Miguel Faria Jr.
Elenco – Tarcísio Meira, Sandra Bréa, Anselmo Vasconcelos, Silvia
Bandeira, José Lewgoy, Tonico Pereira, Ítalo Rossi, Paulo Villaça, Milton
Moraes, Ivan de Almeida, José Dumont, Elba Ramalho.
Mateus Romeiro (Tarcísio Meira) é o líder de um grupo de
extermínio formado por policiais de elite. Conhecidos como “Homens de Aço”, o
grupo age à margem da lei respaldado por políticos. Suas mortes são assinadas
com o símbolo de uma caveira deixada na cena do crime. O grupo ainda é
glorificado por um jornalista (José Lewgoy) e por parte da população, até que
os crimes começam a chamar a atenção da promotoria.
Baseado livremente na
história do “Esquadrão da Morte” liderado pelo policial Mariel Mariscot, que
nos anos setenta assassinou um grande número de delinquentes, este longa é com
certeza um dos melhores filmes policiais brasileiros.
Além da crítica à
polícia, o roteiro solta farpas para os políticos e a mídia que apoiavam a
situação.Vale ainda destacar que assim como Mariscot que teve envolvimento com
atrizes, o personagem de Tarcísio Meira é casado, tem um affair com um atriz (a
falecida Sandra Bréa), sem contar uma cena com o travesti interpretado por
Anselmo Vasconcelos. Por sinal, Vasconcelos faz com competência um papel que poucos
atores aceitariam, tendo inclusive uma cena de forte apelo sexual com o ator
Tonico Pereira.
É um filme ousado na temática que merece não ser esquecido.
O Caso Cláudia (Brasil, 1979) – Nota 6,5
Direção – Miguel Borges
Elenco – Kátia D’Angelo, Jonas Bloch, Carlos Eduardo Dolabella,
Roberto Bonfim, Luís Armando Queiróz, Nuno Leal Maia, Claudio Correa e Castro,
Rogério Fróes, Jorge Cherques, Reinaldo Gonzaga, Lilian Stavik.
Baseado numa história real ocorrida em 1977 no Rio de
Janeiro, este longa altera os nomes dos envolvidos num crime na alta
sociedade carioca.
Um simples operário vê um carro jogar um enorme pacote nas
pedras na beira do mar. O sujeito telefona de forma anônima para o polícia, que
decide averiguar e encontra o corpo da jovem Cláudia. O detetive Guerra
(Roberto Bonfim), que se torna o responsável pela investigação, descobre que o
carro visto no local pertence a empresa de Pierre Dorf (Jonas Bloch), um milionário
suspeito de ligação com o tráfico internacional de drogas. Mesmo sem apoio dos superiores que
temem a influência do milionário com poderosos, Guerra se junta ao jornalista
Seixas (Carlos Eduardo Dolabella) para apertar cerco e juntar provas contra o
sujeito.
O filme é fiel ao acontecimento real, tem bons atores, mas peca pela
falta de recursos que o cinema brasileiro tinha na época. A maioria dos filmes policiais
produzidos entre o final dos anos setenta até a fim Embrafilme no início dos
noventa, hoje se mostram datados no estilo da narrativa, na trilha sonora e na
falta de qualidade dos diálogos.
O Sequestro (Brasil, 1981) – Nota 6
Direção – Victor di Mello
Elenco – Milton Moraes, Jorge Dória, Carlo Mossy, Adriano
Reys, Helena Ramos, Gracinda Couto, Myriam Pérsia, Otávio Augusto.
Chegando em casa, Pedro (Adriano Reys) encontra a esposa
(Helena Ramos) e seus filhos desesperados vendo um bandido sequestrar o filho
menor chamado Zezinho. O meliante consegue fugir e estranhamente a polícia
descobre que ocorreu o crime pelo noticiário da tv. Os policiais Argola (Milton
Moraes) e Vilarinho (Carlo Mossy) são os responsáveis pela investigação, sendo
comandados pelo delegado Marcondes (Jorge Dória). Após entrevistar algumas
testemunhas, os policiais percebem que a trama é mais complicada do que parece,
principalmente pelo pedido de resgate feito através de um bilhete. Os bandidos solicitam
uma fortuna, porém a família passa por dificuldades financeiras.
Produzido na
época em que o país estava no final da ditadura, este longa aproveita o medo
que as pessoas tinham da polícia para contar uma intrincada história onde a
tortura é um dos pontos principais. As testemunhas são pressionadas de todas as
formas, algumas são torturadas com cassetetes, porradas e até choque elétrico.
Como
era comum nos filmes da época, algumas cenas gratuitas de sexo simulado são
inseridas na trama, em especial uma em que a personagem de Helena Ramos aparece
nua na praia com alguns homens.
Como curiosidade, os créditos finais dedicam o
filme ao policial americano Serpico e todos os policiais honestos, diferente
dos personagens corruptos apresentados no longa.
Condenado à Liberdade (Brasil, 2001) – Nota 5
Direção – Emiliano Ribeiro
Elenco – André Gonçalves, Antônio Pompêo, Milla Christie,
Othon Bastos, Cássia Kiss, Nathália Timberg, Odilon Wagner, Anselmo Vasconcelos,
Isabel Ampudia.
Em Brasília, Mauro Vilhena (Othon Bastos) é o advogado de
uma empresa acusada de assassinar índios na Amazônia para explorar madeira.
Quando ele e sua esposa Beatriz (Cássia Kiss) são assassinados dentro de casa,
seu filho Maurinho (André Gonçalves) se torna o principal suspeito por ter uma
relação conturbada com o casal, principalmente por causa do namoro com Angela
(Milla Christie). Lopes (Antônio Pompêo) é o delegado responsável por
investigar o caso e que tem certeza da culpa do garoto.
Assim como o recente e
péssimo “Federal”, este longa foi uma tentativa frustrada de utilizar o cenário
das famílias ricas e influentes de Brasília para criar uma trama policial. A
premissa do assassinato dos índios citado no início do longa é praticamente
esquecida no desenrolar da trama, assim como a investigação da jornalista
interpretada por Isabel Ampudia que não chega a lugar algum. O roteiro se perde
em meio aos clichês do gênero e as atuações ruins, principalmente do
protagonista André Gonçalves.
2 comentários:
Não sei o melhor....o pior que eu assisti foi Federal. Achei um lixo.
abraços
Renato - Eu comentei sobre "Federal" numa postagem antiga e realmente é um filme muito ruim.
Abraço
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