Um Novo Despertar (The Beaver, EUA / Emirados Árabes, 2011) –
Nota 7
Direção – Jodie Foster
Elenco –
Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence, Cherry Jones, Riley
Thomas Stewart.
Walter Black (Mel Gibson) é um executivo que sofre de
depressão profunda, situação que faz sua empresa passar por dificuldades e
principalmente causa sofrimento em sua família. A esposa Meredith (Jodie
Foster) não aguenta mais a inércia do marido, o filho mais velho Porter (Anton
Yelchin) sofre cada vez que repete alguma atitude que lembra o pai e o caçula
Henry (Riley Thomas Stewart) vive isolado, seja em casa ou na escola.
Quando
Meredith decide expulsar Walter de casa, ele segue para um hotel e no meio de
várias tranqueiras que carrega, encontra um velho castor de pelúcia, que após
uma situação constrangedora, se torna uma espécie de alter ego. Walter passa a
utilizar o boneco como fantoche, muda sua atitude perante a família e o
trabalho, além de criar uma nova voz com um estranho sotaque. A situação
bizarra a princípio parece dar certo, mas a loucura por trás da atitude resultará
em sérias conseqüências.
A atriz Jodie Foster estava há dezesseis anos sem
dirigir, desde o razoável “Feriados em Família” de 1995 e decidiu retornar com
este inusitado drama que tem como ponto principal o chamado “Mal do Século XXI”,
a terrível depressão. Jodie escolheu um roteiro que poderia descambar para um
filme absurdo, mas a interessante narrativa que segue a tentativa de Walter em mudar
sua vida, pode funcionar desde que o espectador aceite a premissa maluca.
Vale destacar também a história do filho do
casal vivido por Anton Yelchin, trama que corre em paralelo e mostra sua relação
com uma garota (Jennifer Lawrence) e sua dificuldade em aceitar a doença do pai.
O
filme pode ser visto também como uma tentativa do próprio Mel Gibson em retomar
a carreira de ator e expurgar seus demônios. Mesmo tendo protagonizado “O Fim
da Escuridão” em 2010, Gibson vinha de poucos trabalhos desde “Sinais” em 2002
e além disso, durante a década enfrentou problemas conjugais, vício no álcool e
acusações de agressão e preconceito. Um dos maiores astros dos anos oitenta e
noventa, Gibson mostrou aqui que ainda é um bom ator, tem carisma e que pode
seguir a carreira em bom nível.
3 comentários:
Esse filme me pegou, porque, na época tinha uma pessoa próxima da família com depressão, dói mesmo e o filme conseguiu passar muito bem a angustia.
Bjos
Assino embaixo com a amiga Amanda.....um filme que me pegou......
Mas, no meu caso foi por não esperar nada e achei uma bela viagem e reflexão cinematográfica.
Diria que é um filme imperdível.
Gibson precisa voltar aos trilhos.....talento ele possui de sobra.
abs
Amanda e Renato - Atualmente acredito que todos conheçam pelo menos uma pessoa que tenha ou teve depressão, o problema é que muitas pessoas não tem a sensibilidade de entender o problema, que realmente é muito complicado.
Abraço
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