Hitchcock (Hitchcock, EUA, 2012) – Nota 7,5
Direção – Sacha Gervasi
Elenco –
Anthony Hopkins, Helen Mirren, Scarlett Johansson, Danny Huston, Toni Collette,
Michal Stuhlbarg, Michael Wincott, Jessica Biel, James D’Arcy, Richar Portnow,
Kurtwood Smith, Ralph Macchio, Wallace Langham.
Misturando os bastidores da produção do clássico “Psicose”
com ficção, o diretor estreante Sacha Gervasi cria um simpático longa,
principalmente para os fãs do diretor Alfred Hitchcock.
Tudo começa em 1959 após o lançamento de
“Intriga Internacional”, quando alguns críticos questionaram se não estava na
hora de Hitchcock (Anthony Hopkins) se aposentar. Chateado com a situação,
Hitchcock passa a procurar uma ideia para um novo filme e descobre o livro “Psicose”,
baseado na história real do psicopata Ed Gein, que matou várias mulheres e
desenterrou a própria mãe para viver com ela.
O sinistro tema desagrada os
críticos e o chefão da Paramount, que não aceita produzir o filme. Com apoio da
esposa Alma (Helen Mirren) e de seu agente (Michael Stuhlbarg), Hitch decide
bancar o filme com o próprio dinheiro, num investimento extremamente arriscado.
Além dos problemas comuns de uma produção de cinema, a vida de Hitch fica ainda
mais complicada com o flerte do escritor picareta Whitfield Cook (Danny Huston)
em cima de sua esposa.
Um dos acertos do roteiro é mostrar Hitchcock como um
sujeito comum cheio de manias e problemas, de uma forma até engraçada em alguns
momentos, como a briga com a esposa para não fazer dieta, os diálogos irônicos
com o censor (Kurtwood Smith) ou a obsessão em encarar as belas atrizes,
principalmente Janet Leigh interpretada por Scarlett Johansson, sem contar os
diálogos imaginários com o personagem do próprio assassino Ed Gein (Michael
Wincott).
Um ponto que deixou um pouco a desejar foi a maquiagem, mesmo
entendendo a dificuldade que seria “recriar” alguém com a silhueta do diretor,
a transformação de Anthony Hopkins parece estranha em várias sequências.
O
filme vale também por várias curiosidades, entre elas as citações de outros trabalhos
do diretor, como a mágoa que ele tinha da atriz Vera Miles (Jessica Biel), o
pássaro que pousa no seu ombro na sequência final e algumas cenas em que
Hitch espia uma bela loira pelo persiana de seu escritório nos estúdios da
Paramount. Esta loira com porte de modelo é uma citação a Tippi Hedren (mãe de
Melanie Griffith), que trabalhava no estúdio e praticamente não tinha
experiência como atriz, mas que acabou descoberta pelos olhos de Hitch e
escolhida para protagonizar “Os Pássaros” e “Marnie – Confissões de uma Ladra”.
Finalizando, vale ainda conferir a pequena participação de Ralph Macchio, o
eterno “Karatê Kid” como o perturbado roteirista de "Psicose".
6 comentários:
Achei um bom filme, mas, de fato, não fez "jus" àquela buzz todo que teve antes da estreia... Enfim, faltou algo. Só isso.
Alan - Eu gostei, mas concordo que para ser um grande filme faltou algo.
Abraço
Sou fã do Hitchcok, esse é um filme certo que tenho que ter. Abs
Fernando - Os fãs do diretor precisam assistir.
Abraço
Amigo não sei se eu estava amargo....pois não gostei do filme.
Não vi simpatia e não curti o que foi produzido.
abraços
Renato - É um filme mais sobre a pessoa do que o diretor.
Abraço
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