sábado, 22 de junho de 2013

Um Novo Despertar

Um Novo Despertar (The Beaver, EUA / Emirados Árabes, 2011) – Nota 7
Direção – Jodie Foster
Elenco – Mel Gibson, Jodie Foster, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence, Cherry Jones, Riley Thomas Stewart.

Walter Black (Mel Gibson) é um executivo que sofre de depressão profunda, situação que faz sua empresa passar por dificuldades e principalmente causa sofrimento em sua família. A esposa Meredith (Jodie Foster) não aguenta mais a inércia do marido, o filho mais velho Porter (Anton Yelchin) sofre cada vez que repete alguma atitude que lembra o pai e o caçula Henry (Riley Thomas Stewart) vive isolado, seja em casa ou na escola. 

Quando Meredith decide expulsar Walter de casa, ele segue para um hotel e no meio de várias tranqueiras que carrega, encontra um velho castor de pelúcia, que após uma situação constrangedora, se torna uma espécie de alter ego. Walter passa a utilizar o boneco como fantoche, muda sua atitude perante a família e o trabalho, além de criar uma nova voz com um estranho sotaque. A situação bizarra a princípio parece dar certo, mas a loucura por trás da atitude resultará em sérias conseqüências. 

A atriz Jodie Foster estava há dezesseis anos sem dirigir, desde o razoável “Feriados em Família” de 1995 e decidiu retornar com este inusitado drama que tem como ponto principal o chamado “Mal do Século XXI”, a terrível depressão. Jodie escolheu um roteiro que poderia descambar para um filme absurdo, mas a interessante narrativa que segue a tentativa de Walter em mudar sua vida, pode funcionar desde que o espectador aceite a premissa maluca. 

Vale destacar também a história do filho do casal vivido por Anton Yelchin, trama que corre em paralelo e mostra sua relação com uma garota (Jennifer Lawrence) e sua dificuldade em aceitar a doença do pai. 

O filme pode ser visto também como uma tentativa do próprio Mel Gibson em retomar a carreira de ator e expurgar seus demônios. Mesmo tendo protagonizado “O Fim da Escuridão” em 2010, Gibson vinha de poucos trabalhos desde “Sinais” em 2002 e além disso, durante a década enfrentou problemas conjugais, vício no álcool e acusações de agressão e preconceito. Um dos maiores astros dos anos oitenta e noventa, Gibson mostrou aqui que ainda é um bom ator, tem carisma e que pode seguir a carreira em bom nível.    

3 comentários:

Amanda Aouad disse...

Esse filme me pegou, porque, na época tinha uma pessoa próxima da família com depressão, dói mesmo e o filme conseguiu passar muito bem a angustia.

Bjos

renatocinema disse...

Assino embaixo com a amiga Amanda.....um filme que me pegou......

Mas, no meu caso foi por não esperar nada e achei uma bela viagem e reflexão cinematográfica.

Diria que é um filme imperdível.

Gibson precisa voltar aos trilhos.....talento ele possui de sobra.


abs

Hugo disse...

Amanda e Renato - Atualmente acredito que todos conheçam pelo menos uma pessoa que tenha ou teve depressão, o problema é que muitas pessoas não tem a sensibilidade de entender o problema, que realmente é muito complicado.

Abraço