Bem-Vindos à Cidade Maligna (Welcome To Blood City, EUA /
Canadá, 1977) – Nota 5,5
Direção –
Peter Sasdy
Elenco –
Jack Palance, Keir Dullea, Samantha Eggar, Barry Morse, Hollis McLaren, Chris
Wiggins.
Quatro homens e uma mulher acordam no meio do deserto,
vestindo uma espécie de uniforme cinza sem saber como chegaram ao local ou nem
mesmo lembrando o próprio nome. A única informação que conseguem é através um
cartão no bolso de cada um que cita o nome da pessoa. Logo, o grupo é atacado
por dois sujeitos que matam um dos homens e violentam a mulher (Hollis
McLaren). Em seguida, surge Freedlander (Jack Palance), o xerife de uma cidade
ao estilo velho oeste, que leva os sobreviventes como escravos.
Na estranha
cidade existem três grupos: Os pistoleiros que se vestem de preto com uma cruz
vermelha no peito onde aparece uma numeração. Outros que usam camisa xadrez e
são capangas da elite de pistoleiros e por final os escravos vestindo cinza,
que para se tornarem cidadãos precisam matar um pistoleiro. Não demora para o
espectador descobrir que o local é na verdade um experimento virtual, com
cientistas monitorando e alterando os acontecimentos, sempre a procura de
pessoas que se destaquem e possam se tornar líderes no mundo real.
Do grupo de escravos
quem se destaca é Lewis (Keir Dullea de “2001: Uma Odisseia no Espaço”), que passa
a receber atenção especial da cientista Katherine (Samantha Eggar de “O
Colecionador”), que se sente atraída pelo homem, mas que também sente prazer ao
agir como uma espécie Deus, decidindo o destino de cada personagem.
Esta
obscura produção foi lançada apenas em VHS nos anos oitenta e era um daqueles
filmes que ficavam escondidos nos cantos empoeirados das locadoras. Vi várias a
fita na locadora e sempre deixei de lado, mas acabei encontrando agora na
internet uma versão ripada de VHS sem legendas e resolvi conferir.
A trama de início
lembra uma mistura do ótimo “Cubo” com o estranho “Westworld – Onde Ninguém Tem
Alma”, ficção com Yul Brynner, dois filmes que já comentei no blog, porém a
sequência da história apresenta algumas ideias que veríamos vinte anos depois
em “Matrix”, como o mundo virtual e o vilão interpretado por Jack Palance, que
pode ser comparado ao Sr. Smith de Hugo Weaving, principalmente numa sequência próxima
ao final quando ele parece se multiplicar para perseguir o personagem de Keir
Dullea.
É uma pena que a interessante premissa se perca no desenrolar da
história em uma narrativa lenta, na fraca direção do húngaro Peter Sasdy, que
teve praticamente toda a carreira em seriados de tv e na paupérrima produção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário