Direção – Duncan Jones
Elenco –
Sam Rockwell, Kevin Spacey, Dominique McElligott.
Num futuro próximo, uma megacorporação construiu uma base na
lua, onde faz uma espécie de colheita de um gás especial usado para gerar
energia limpa na Terra. Na base vive apenas Sam Bell (Sam Rockwell), que tem a
ajuda de um robô chamado Gerty (voz de Kevin Spacey) e espera com ansiedade
voltar para a casa e encontrar sua esposa Tess (Dominique McElligott ) e a filha
pequena após três anos de trabalho. Faltando apenas duas semanas para o
retorno, Sam começa a sentir fortes dores de cabeça e ter visões. Para piorar,
ele sofre um acidente dirigindo um veículo do lado de fora da base e quando acorda
na enfermaria, descobre que foi resgatado por alguém digamos, próximo a ele.
O
diretor Duncan Jones (filho do astro do rock David Bowie e que dirigiu o bom “Contra
o Tempo” com Jake Gyllenhall) estreou na direção com esta pequena produção
(apenas 5 milhões de orçamento) que resultou num belo filme e segue o estilo
filosófico de ficções como “2001 – Uma Odisséia no Espaço” e “Blade Runner”. O pouco dinheiro foi bem utilizado em praticamente dois cenários: A base lunar
simples e totalmente clean e as sequências na lua também filmadas de modo simples,
que lembram um pouco as imagens da viagem original da Nasa à lua.
O ponto
principal é o roteiro, que a princípio deixa a impressão de que algo
sobrenatural está por trás dos acontecimentos, mas aos poucos fica claro que as
explicações estão bem próximas da realidade, ao criticar principalmente a falta
de humanidade das corporações, que tratam as pessoas como descartáveis.
Outro
destaque é a bela atuação de Sam Rockwell, que conversa apenas com o robô
dublado por Kevin Spacey e carrega o filme sozinho, primeiro com a esperança de
reencontrar a família e depois sofrendo ao descobrir a verdade.
Finalizando, a
ótima trilha sonora de Clint Mansell, colaborador habitual de Darren Aronofsky
(“Cisne Negro”, “Fonte da Vida” e “Pi”) pontua com qualidade o clima de paranoia
que vai se instalando na base no decorrer do filme.
7 comentários:
O trabalho do Clint Mansell é realmente notável neste filme interessante, mas gostei mais do filme seguinte do diretor: Contra o Tempo, revi recentemente.
Abs.
É um belíssimo filme mesmo. Eu ainda não entendo como Sam Rockwell não está na A list de Hollywood ainda. O que mais ele precisa fazer para provar que é um dos melhores por lá? Enfim. E Jones é um diretor promissor e com muito talento. Seu debut foi de tirar o chapeu.
Abs!
Um belo filme, quase esquecido ao ser lançado em DVD. Gosto bastante da tensão que ele cria, principalmente porque quem viu 2001 acaba sendo levado a crer em uma solução parecida, hehe.
bjs
Rodrigo - Contra o Tempo tem mais ação, diferente deste que é um filme quase filosófico em alguns momentos.
Elton - Muitos produtores ainda olham para Sam Rockwell como um ator independente, já que muitas vezes eles interpreta personagens diferentes do sujeito comum.
Amanda - O filme sequer passou pelos cinemas por aqui.
Estou ansioso para assistir a esse filme, inclusive já o tenho aqui, basta vê-lo apenas.
Para mim um dos melhores filmes de fição cientifica dos ultimos anos
Luís - É um filme no mínimo interessante.
Gonga - O filme tem o ponto positivo de focar na trama e não em efeitos especiais.
Abraço
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