sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A Bússola de Ouro

A Bússola de Ouro (The Golden Compass, Inglaterra / EUA, 2007) – Nota 5,5
Direção – Chris Weitz
Elenco – Nicole Kidman, Daniel Craig, Dakota Blue Richards, Ben Walker, Sam Elliott, Eva Green, Tom Courtenay, Jim Carter, Christopher Lee e vozes de Freddie Highmore, Ian McKellen, Ian McShane, Kristin Scott Thomas, Kathy Bates.

O sucesso da magnífica trilogia “Senhor dos Anéis” e da franquia “Harry Potter”, abriu caminho para que diversos outros livros infanto-juvenis fossem adaptados para o cinema, sempre com a esperança dos produtores em obter sucesso para transformar em uma nova franquia. Na adaptação de “A Bússola de Ouro” os produtores foram além, assistindo ao filme fica claro que eles tinham certeza do sucesso e acabaram caindo cavalo em virtude desta arrogância. 

O longa se passa numa época em que cada pessoa vive com um animal chamado de “daemon”, eles representam a alma da pessoa e a acompanham por toda vida. Neste mundo, a órfã Lyra Belacqua (a boa atriz Dakota Blue Richards) e seu daemon (voz do garoto Freddie Highmore de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”) vivem na Universidade de Oxford em Londres onde seu tio, Lord Asriel (Daniel Craig) é professor. Asriel vive em conflito com um grupo chamado “Magisterium” que seriam as autoridades, em virtude de um pó que afetaria as crianças. Ao mesmo tempo, várias crianças desaparecem de Londres e a pequena Lyra acaba sendo “emprestada” para Sra. Coulter (Nicole Kidman), enquanto seu tio viaja para tentar descobrir mais sobre o tal pó. 

Fica difícil escrever mais sobre uma trama cheia de detalhes que acabou picotada por um péssimo roteiro, que acelerou as situações sem dar muitas explicações, fazendo personagens pouco aparecerem ou sumirem no meio do filme, como o Lord Asriel de Daniel Craig e a bruxa interpretada pela bela Eva Green. Além disso, a interpretação de Nicole Kidman é caricata, sem contar seu rosto cada vez mais estranho, provavelmente em virtude de cirurgias plásticas, deixando no passado a beleza que atriz apresentava no anos noventa. 

Para piorar, o filme acaba no meio da história,  lembrando um pouco o que George Lucas fez em “O Retorno de Jedi”, deixando o público esperando o próximo capítulo, a diferença é que o filme de Lucas era uma sequência de uma mega sucesso, enquanto este longa de Chris Weitz era apenas uma aposta que naufragou merecidamente nos cinemas. 

Para os fãs do livro, fica a decepção de não poder ver a sequência da história no cinema, já que uma continuação foi totalmente descartada.

4 comentários:

KA disse...

Foi uma grande pena a saga não ter ído adiante no cinema. Li todos os livros da série Fronteiras do Universo - estão entre os preferidos de fantasia. é uma saga extraordinária, muito corajosa, que toca em temas tabus.
A adaptação ao cinema ficou visualmente linda, mas perdeu muito da essência da obra.
Um dos pontos acertados no filme, perdidos pela não continuaçao - foi a escolha da atriz mirim. A menina está muito bem, é uma Lyra perfeita.
Pena mesmo...
abs

Luís disse...

Lembro que me diverti quando o assisti, ainda que não tivesse achado grande divertimento, achei o file assistível.

Amanda Aouad disse...

Vi esse no cinema na época, e realmente tem vários problemas, mas fiquei curiosa e torcia para que tivesse a continuação, da mesma forma que torci pelo Último Mestre do Ar... Uma pena essas iniciativas que ficam no meio do caminho...

bjs

Hugo disse...

Ka - Não sou leitor das obras, mas deu para perceber claramente que a história tinha potencial, mas infelizmente foi picotada para uma sessão de duas horas e resultou num filme confuso.

Luís - A produção é ótima, mas o roteiro colocou tudo a perder.

Amanda - Como citei no texto, neste caso acredito que tenha sido arrogância dos produtores ter certeza do sucesso. Já "O Último Mestre do Ar" eu ainda não assisti para analisar.

Abraço a todos