sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Lunar

Lunar (Moon, Inglaterra, 2009) – Nota 8
Direção – Duncan Jones
Elenco – Sam Rockwell, Kevin Spacey, Dominique McElligott.

Num futuro próximo, uma megacorporação construiu uma base na lua, onde faz uma espécie de colheita de um gás especial usado para gerar energia limpa na Terra. Na base vive apenas Sam Bell (Sam Rockwell), que tem a ajuda de um robô chamado Gerty (voz de Kevin Spacey) e espera com ansiedade voltar para a casa e encontrar sua esposa Tess (Dominique McElligott ) e a filha pequena após três anos de trabalho. Faltando apenas duas semanas para o retorno, Sam começa a sentir fortes dores de cabeça e ter visões. Para piorar, ele sofre um acidente dirigindo um veículo do lado de fora da base e quando acorda na enfermaria, descobre que foi resgatado por alguém digamos, próximo a ele. 

O diretor Duncan Jones (filho do astro do rock David Bowie e que dirigiu o bom “Contra o Tempo” com Jake Gyllenhall) estreou na direção com esta pequena produção (apenas 5 milhões de orçamento) que resultou num belo filme e segue o estilo filosófico de ficções como “2001 – Uma Odisséia no Espaço” e “Blade Runner”. O pouco dinheiro foi bem utilizado em praticamente dois cenários: A base lunar simples e totalmente clean e as sequências na lua também filmadas de modo simples, que lembram um pouco as imagens da viagem original da Nasa à lua. 

O ponto principal é o roteiro, que a princípio deixa a impressão de que algo sobrenatural está por trás dos acontecimentos, mas aos poucos fica claro que as explicações estão bem próximas da realidade, ao criticar principalmente a falta de humanidade das corporações, que tratam as pessoas como descartáveis. 

Outro destaque é a bela atuação de Sam Rockwell, que conversa apenas com o robô dublado por Kevin Spacey e carrega o filme sozinho, primeiro com a esperança de reencontrar a família e depois sofrendo ao descobrir a verdade. 

Finalizando, a ótima trilha sonora de Clint Mansell, colaborador habitual de Darren Aronofsky (“Cisne Negro”, “Fonte da Vida” e “Pi”) pontua com qualidade o clima de paranoia que vai se instalando na base no decorrer do filme.

7 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

O trabalho do Clint Mansell é realmente notável neste filme interessante, mas gostei mais do filme seguinte do diretor: Contra o Tempo, revi recentemente.

Abs.

Elton Telles disse...

É um belíssimo filme mesmo. Eu ainda não entendo como Sam Rockwell não está na A list de Hollywood ainda. O que mais ele precisa fazer para provar que é um dos melhores por lá? Enfim. E Jones é um diretor promissor e com muito talento. Seu debut foi de tirar o chapeu.

Abs!

Amanda Aouad disse...

Um belo filme, quase esquecido ao ser lançado em DVD. Gosto bastante da tensão que ele cria, principalmente porque quem viu 2001 acaba sendo levado a crer em uma solução parecida, hehe.

bjs

Hugo disse...

Rodrigo - Contra o Tempo tem mais ação, diferente deste que é um filme quase filosófico em alguns momentos.

Elton - Muitos produtores ainda olham para Sam Rockwell como um ator independente, já que muitas vezes eles interpreta personagens diferentes do sujeito comum.

Amanda - O filme sequer passou pelos cinemas por aqui.

Luís disse...

Estou ansioso para assistir a esse filme, inclusive já o tenho aqui, basta vê-lo apenas.

Gonga disse...

Para mim um dos melhores filmes de fição cientifica dos ultimos anos

Hugo disse...

Luís - É um filme no mínimo interessante.

Gonga - O filme tem o ponto positivo de focar na trama e não em efeitos especiais.

Abraço