Nesta postagem comento dois filmes bem diferentes entre si, porém tendo como tema principal a eleição para presidente dos Estados Unidos.
Bob Roberts
(Bob Roberts, EUA, 1992) – Nota 7,5
Direção –
Tim Robbins
Elenco –
Tim Robbins, Giancarlo Esposito, Gore Vidal, Ray Wise, Alan Rickman, Susan
Sarandon, James Spader, Pamela Reed, Fred Ward, Peter Gallagher, John Cusack,
Helen Hunt, Bob Balaban, Brian Murray, Harry Lennix, David Straithairn, Tom
Atkins, Lynne Thigpen, Jack Black, Fisher Stevens, Jeremy Piven.
O ator Tim Robbins é um sujeito engajado politicamente que
participa de várias ações ao lado de sua esposa, a também atriz Susan Sarandon.
Ele estreou na direção com este longa filmado em estilo de documentário, contando
a ascensão do jovem político Bob Roberts (Tim Robbins), um famoso cantor de
música folk que se aventura na política, se elege senador e passa a ser um
potencial candidato a presidência americana.
Bob Roberts é um sujeito com pinta
de galã, que arrasta multidões em seus comícios que se misturam com show e
representa o estilo neoliberal que se tornou comum na política a partir dos
anos noventa. O seu modo de agir faz com que as classes média e alta o apoiem,
além de grande parte da mídia que o mostra como símbolo de sucesso. Por trás da
aparência, existe a ligação com um empresário corrupto (Alan Rickman) que é
investigado por um repórter (Giancarlos Esposito).
Considerados por muitos como
uma sátira política, o filme vai além ao mostrar toda a mentira por trás das
campanhas eleitorais, criticando a forma como os candidatos são apresentados ao
povo, muitas vezes com apoio da mídia que deseja algo em troca. Além disso, a
esquerda representada aqui pelo candidato do partido democrata interpretado
pelo falecido escritor Gore Vidal, é mostrada como totalmente inapta e sem
proposta alguma.
O filme fez algum sucesso no Brasil na época em virtude da
comparação do candidato Bob Roberts com o então presidente Fernando Collor de
Mello, que eram figuras semelhantes no modo de pensar, agir e de como eram
tratados pela mídia quando estavam no auge.
Promessas de um Cara de Pau (Swing Vote, EUA, 2008) – Nota 6
Direção –
Joshua Michael Stern
Elenco –
Kevin Costner, Madeline Carroll, Paula Patton, Kelsey Grammer, Dennis Hopper,
Nathan Lane, Stanley Tucci, George Lopez, Judge Reinhold, Charles “Chip” Esten,
Richard Petty, Willie Nelson, Mare Winningham.
Bud Johnson (Kevin Costner) trabalha numa fábrica embalando
ovos, mora com a filha pré-adolescente Molly (Madeline Carroll) e não liga a
mínima para nada. A contrário do pai, a filha é inteligente, madura e
preocupada com o país. Ela decide inscrever o pai como eleitor na votação para
presidente. Como Bud é um irresponsável, ele acaba deixando deixando Molly o
esperando sozinha na seção eleitoral, situação que faz com que a garota resolva
votar no lugar do pai, porém um incidente faz com o que voto fique pendente e a
eleição termine empatada. Após descobrirem que o voto de Bud irá decidir as
eleições, os candidatos (Kelsey Grammer e Dennis Hopper) junto com seus
assistentes, dão início a uma corrida onde vale tudo para conseguir o voto do
sujeito.
Acredito que o roteirista se baseou na confusa contagem de votos da
eleição em que George W. Bush venceu Al Gore em 2000, para criar está história
que tem um pé na fábula e que infelizmente derrapa nos clichês mais manjados do
gênero. Temos o pai irresponsável e a criança que parece um adulto, os
candidatos caricatos que farão de tudo para vencer a eleição e o final
politicamente correto.
É uma pena, o filme poderia ter sido uma sátira
corrosiva ao sistema eleitoral americano, mas acabou sendo uma comédia de
poucos risos.
2 comentários:
Gosto de Tim Robbins, porém, o filme não me atraiu inicialmente.
Kevin, para meu gosto, não dá.
Renato - Muitos não gostam de Costner, algo parecido com o que ocorre com Nicolas Cage.
Abraço
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