O Traidor (Il Traditore, Itália /
França / Alemanha / Brasil, 2019) – Nota 7,5
Direção – Marco Bellocchio
Elenco – Pierfrancesco Favino,
Maria Fernanda Cândido, Luigi Lo Cascio, Fausto Russo Alesi, Fabrizio
Ferracane, Nicola Cali.
Palermo, Itália, 1980. Uma
disputa de poder entre mafiosos obriga Tommaso Buscetta (Pierfrancesco Favino)
a fugir para o Rio de Janeiro, local onde tem um belíssima casa e terra natal
de sua esposa Cristina (Maria Fernanda Cândido). A guerra em Palermo entre a
Cosa Nostra a qual fazia parte Tommaso e a rival Corleone liderada por
Salvatore “Toto” Rina (Nicola Cali) deixa dezenas de mortos.
Quatro anos depois, Tommaso é preso por estar envolvido com o tráfico de drogas e deportado para a Itália. Ele recebe a oferta do promotor Giovanni Falcone (Fausto Russo Alesi) para delatar os companheiros e diminuir sua pena, o que a princípio ele declina, mas muda de opinião após dois de seus filhos serem assassinados por ex-companheiros de crime.
O longa é baseado na vida do maior delator da história da Máfia. Tommaso Buscetta se tornou uma lenda por ter a coragem de entregar os companheiros e também um sujeito marcado para morrer que passou o resto da vida sendo protegido por agentes na Itália e posteriormente nos EUA.
Quem viveu nos anos oitenta com certeza se lembra do barulho que fez esta história no Brasil. Assim como a história do inglês Ronald Biggs que viveu décadas por aqui após assaltar um trem em seu país, a de Tommaso reforçou o clichê explorado pelo cinema dos bandidos que após cometer algum grande crime planejam fugir para o Brasil.
O filme começa de uma forma estranha com sequências que lembram as produções brasileiras dos anos oitenta, porém a narrativa melhora bastante com o desenrolar da história, intercalando cenas de violência e as mudanças na vida do protagonista.
Vale destacar a boa atuação de Pierfrancesco Favino e as absurdas sequências dos julgamentos que renderam um verdadeiro circo.
É uma obra indicada para quem gosta de filmes sobre a Máfia.
Quatro anos depois, Tommaso é preso por estar envolvido com o tráfico de drogas e deportado para a Itália. Ele recebe a oferta do promotor Giovanni Falcone (Fausto Russo Alesi) para delatar os companheiros e diminuir sua pena, o que a princípio ele declina, mas muda de opinião após dois de seus filhos serem assassinados por ex-companheiros de crime.
O longa é baseado na vida do maior delator da história da Máfia. Tommaso Buscetta se tornou uma lenda por ter a coragem de entregar os companheiros e também um sujeito marcado para morrer que passou o resto da vida sendo protegido por agentes na Itália e posteriormente nos EUA.
Quem viveu nos anos oitenta com certeza se lembra do barulho que fez esta história no Brasil. Assim como a história do inglês Ronald Biggs que viveu décadas por aqui após assaltar um trem em seu país, a de Tommaso reforçou o clichê explorado pelo cinema dos bandidos que após cometer algum grande crime planejam fugir para o Brasil.
O filme começa de uma forma estranha com sequências que lembram as produções brasileiras dos anos oitenta, porém a narrativa melhora bastante com o desenrolar da história, intercalando cenas de violência e as mudanças na vida do protagonista.
Vale destacar a boa atuação de Pierfrancesco Favino e as absurdas sequências dos julgamentos que renderam um verdadeiro circo.
É uma obra indicada para quem gosta de filmes sobre a Máfia.
Falcone (Falcone, Itália / EUA, 1999) – Nota 7
Direção –
Ricky Tognazzi
Elenco –
Chazz Palminteri, F. Murray Abraham, Anna Galiena, Andy Luotto, Lina Sastri,
Pierfrancesco Favino.
Diferente do recente “O Traidor”, este longa produzido pela
HBO foca na vida dos promotores Giovanni Falcone (Chazz Palminteri) e Paolo
Borsellino (Andy Luoto), que praticamente abdicaram de uma vida normal para
enfrentar a Máfia, colocando em perigo também seus familiares.
O roteiro
explora a relação de Falcone e Borsellino com o mafioso Tommaso Buscetta (F. Murray
Abraham), que após ser preso no Brasil em 1984 e ter dois filhos assassinados
em Palermo, aceitou se tornar delator revelando detalhes desconhecidos sobre a
Cosa Nostra, a Máfia Siciliana e ajudando a condenar quase quatrocentos
criminosos.
Além das conversas entre os promotores e o mafioso, o roteiro
explora também as relações pessoais entre Falcone e Borsellino com suas
esposas, até os atentados que vitimaram os dois.
Muito do que é relatado neste
filme e em “O Traidor” é parecido com o que vivemos no Brasil em relação ao
poder do crime organizado infiltrado em várias esferas. O que aqui se chama
Operação Lava Jato, na Itália ficou conhecida como Operação Mãos Limpas.
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