Direção – Maurício Farias
Elenco – Andrea Beltrão, Marco Ricca, Danton Mello, Caio
Horowicz, Danilo Grangheia, Ivo Muller, Gabriel Braga Nunes, Daniel Boaventura,
Otávio Augusto.
A moda atual de levar às telas biografias de famosos da tv
rendeu bons filmes como “Chacrinha”, “Bingo” e “Tim Maia”, que mesmo com falhas resultaram em obras que tentaram detalhar a vida pessoal e profissional dos
protagonistas.
Esta tentativa de mostrar a vida de Hebe muda completamente o
foco, deixando de ser uma biografia completa para explorar um pequeno período de tempo,
dando ênfase a questões ideológicas e transformando a protagonista numa espécie
de heroína dos oprimidos, claramente com o objetivo principal de agradar ao
público que curte a agenda progressista.
Mesmo com parte do roteiro sendo voltado para os problemas em seu casamento com Lélio Ravagnani (Marco Ricca) e a tristeza do
filho Marcelo (Caio Horowicz), muita coisa interessante foi deixada de lado,
como a relação com o primeiro marido (Gabriel Braga Nunes), as dificuldades que
ela cita ter tido na infância e até mesmo a complicada relação com Silvio
Santos, que é mostrada de forma rápida e com ela vencendo facilmente o chefe em
uma negociação.
O destaque positivo fica para a vibrante atuação de Andrea
Beltrão, que deverá voltar a interpretar a personagem em uma minissérie no
próximo ano.
7 comentários:
Ah, que tristeza saber que o filme não é tão bom assim. Amo a mulher que a Hebe foi em vários sentidos e saber que um filme sobre ela estava sendo produzido tinha me deixado bem animada porém ver que ele não seguiu aquele padrão de biografia se focando em coisas que não são tão interessantes assim, me deixou um pouco triste e desanimada para assistir. ç.ç
Abraço,
Parágrafo Cult
Estava com vontade de ver por falarem que retrataram o lado B da vida dela, mas pelas críticas que andei lendo realmente perdi a vontade.
Larissa e Marília - Eu não gostei. A história de vida completa renderia um filme muito mais rico.
Abraço
O objetivo do filme foi muito mais reforçar a ideia de que é preciso lutar contra a censura.
OK. Obviamente não tem como discordar. Qualquer cérebro pensante concorda que é preciso lutar contra a censura.
Mas, por causa disso, o filme ficou muito restrito a assuntos específicos. A Hebe teve uma vida muito rica em acontecimentos. Se explorassem esse outro lado, também teria muita coisa interessante pra mostrar. Aliás, pra mostrar a vida dele toda, teriam que fazer Hebe 1 e Hebe 2.
Léo - Quando eu cito a "vida inteira", seria no estilo da biografia de Tim Maia, em que o roteiro foi escrito detalhando diversos fatos importantes de sua vida pessoal e carreira.
A questão de luta contra a censura se tornou um clichê explorado a exaustão pelo cinema nacional. Em 1985 a censura praticamente não existia mais, o que ocorria era uma mudança de comportamento na sociedade, que resultava em polêmica sobre o que poderia ou não ser exibido na tv por causa de tabus que ainda estavam de pé.
Colocar a Hebe como heroína dos oprimidos foi uma escolha para fazer propaganda da agenda progressista. Na verdade o que a Hebe queria na época era apenas audiência, igual o que é feito pelos apresentadores de tv atuais.
Abraço
Esse não me interessou muito não.
Ouvi até dizer que tem coisas que não aconteceram como quando ela anuncia Roberto Carlos e ele nunca foi ao programa :p
Desses só assisti Tim Maia.
Não vi Bingo nem Chacrinha.
Luli - Eu não gostei no geral. É um filme muito mais panfletário do que uma biografia.
Bjs
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