quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Hebe: A Estrela do Brasil

Hebe: A Estrela do Brasil (Brasil, 2019) – Nota 5
Direção – Maurício Farias
Elenco – Andrea Beltrão, Marco Ricca, Danton Mello, Caio Horowicz, Danilo Grangheia, Ivo Muller, Gabriel Braga Nunes, Daniel Boaventura, Otávio Augusto.

A moda atual de levar às telas biografias de famosos da tv rendeu bons filmes como “Chacrinha”, “Bingo” e “Tim Maia”, que mesmo com falhas resultaram em obras que tentaram detalhar a vida pessoal e profissional dos protagonistas. 

Esta tentativa de mostrar a vida de Hebe muda completamente o foco, deixando de ser uma biografia completa para explorar um pequeno período de tempo, dando ênfase a questões ideológicas e transformando a protagonista numa espécie de heroína dos oprimidos, claramente com o objetivo principal de agradar ao público que curte a agenda progressista. 

Mesmo com parte do roteiro sendo voltado para os problemas em seu casamento com Lélio Ravagnani (Marco Ricca) e a tristeza do filho Marcelo (Caio Horowicz), muita coisa interessante foi deixada de lado, como a relação com o primeiro marido (Gabriel Braga Nunes), as dificuldades que ela cita ter tido na infância e até mesmo a complicada relação com Silvio Santos, que é mostrada de forma rápida e com ela vencendo facilmente o chefe em uma negociação. 

O destaque positivo fica para a vibrante atuação de Andrea Beltrão, que deverá voltar a interpretar a personagem em uma minissérie no próximo ano.

7 comentários:

Larissa disse...

Ah, que tristeza saber que o filme não é tão bom assim. Amo a mulher que a Hebe foi em vários sentidos e saber que um filme sobre ela estava sendo produzido tinha me deixado bem animada porém ver que ele não seguiu aquele padrão de biografia se focando em coisas que não são tão interessantes assim, me deixou um pouco triste e desanimada para assistir. ç.ç

Abraço,
Parágrafo Cult

Marília Tasso disse...

Estava com vontade de ver por falarem que retrataram o lado B da vida dela, mas pelas críticas que andei lendo realmente perdi a vontade.

Hugo disse...

Larissa e Marília - Eu não gostei. A história de vida completa renderia um filme muito mais rico.

Abraço

Leo Rib disse...

O objetivo do filme foi muito mais reforçar a ideia de que é preciso lutar contra a censura.
OK. Obviamente não tem como discordar. Qualquer cérebro pensante concorda que é preciso lutar contra a censura.
Mas, por causa disso, o filme ficou muito restrito a assuntos específicos. A Hebe teve uma vida muito rica em acontecimentos. Se explorassem esse outro lado, também teria muita coisa interessante pra mostrar. Aliás, pra mostrar a vida dele toda, teriam que fazer Hebe 1 e Hebe 2.

Hugo disse...

Léo - Quando eu cito a "vida inteira", seria no estilo da biografia de Tim Maia, em que o roteiro foi escrito detalhando diversos fatos importantes de sua vida pessoal e carreira.

A questão de luta contra a censura se tornou um clichê explorado a exaustão pelo cinema nacional. Em 1985 a censura praticamente não existia mais, o que ocorria era uma mudança de comportamento na sociedade, que resultava em polêmica sobre o que poderia ou não ser exibido na tv por causa de tabus que ainda estavam de pé.

Colocar a Hebe como heroína dos oprimidos foi uma escolha para fazer propaganda da agenda progressista. Na verdade o que a Hebe queria na época era apenas audiência, igual o que é feito pelos apresentadores de tv atuais.

Abraço

Luli Ap. disse...

Esse não me interessou muito não.
Ouvi até dizer que tem coisas que não aconteceram como quando ela anuncia Roberto Carlos e ele nunca foi ao programa :p
Desses só assisti Tim Maia.
Não vi Bingo nem Chacrinha.

Hugo disse...

Luli - Eu não gostei no geral. É um filme muito mais panfletário do que uma biografia.

Bjs