Uma Noite em Sampa (Brasil, 2016) – Nota 6
Direção – Ugo Giorgetti
Elenco – Flávia Garrafa, Cris Couto, Roney Facchini, Susana
Alves, Thiago Amaral, Angelo Brandini.
Após assistir uma peça no conhecido Teatro Ruth Escobar em
São Paulo, um grupo de pessoas se prepara para voltar para suas casas no
interior do Estado em um ônibus de excursão.
Eles e a guia da viagem (Flávia
Garrafa) se surpreendem ao encontrarem o ônibus trancado sem o motorista. A
princípio imaginando que o sujeito foi para algum local próximo, com o passar
do tempo as pessoas começam a se irritar com o desaparecimento do sujeito e
mostram suas personalidades em diálogos repletos de preconceitos e medos.
O
diretor Ugo Giorgetti é paulistano e fez toda sua carreira através de filmes em
que a cidade de São Paulo é praticamente um dos personagens. Aqui, a visão
crítica do diretor se volta para parte da classe média paulistana que saiu da
capital para morar em condomínios em cidades próximas procurando uma melhor
qualidade de vida e com medo da violência. Este medo enraizado é o combustível
da maioria dos diálogos e ao mesmo tempo o “agente” que paralisa as pessoas
naquele local.
Entre os personagens temos a empresária irritante, o sujeito
arrogante, o cara casado com uma ex-prostituta, o otimista, a mulher que adora
contar casos de violência, entre outros. O diretor também utiliza manequins
vestidos como fossem personagens, com a intenção de mostrar que a maioria das
pessoas ali são semelhante a bonecos que não reagem.
É um filme de baixo
orçamento com estilo teatral, rodado totalmente na rua que fica em frente ao
teatro Ruth Escobar.
3 comentários:
eu adorei esse filme. inteligente, surpreendente, surreal. muito bom.
meu post http://mataharie007.blogspot.com.br/2016/11/uma-noite-em-sampa.html
Sobre o seu post do filme "Mãe!" :
Bem, é isso, Hugo! O filme é bom e o bom mesmo é sua ressonância. Certamente o filme mais comentado do ano passado, perdendo apenas para o hype de Star Wars, claro. Eu gostei, mas também não amei. Tampouco odiei. Concordo que o pior filme dele seja mesmo "Noé".
Irei revê-lo outras vezes. Certamente irei descobrir novas camadas. Mas, no geral, gostei dos simbolismos, do jogo de olhares e da maneira como tudo termina. Mas, naquelas...nem todo mundo embarca nas ideias do Aronofsky.
Quanto a este "Sampa". o diretor eu só vi os dois "Boleiros" que acho bom. No cenário paulista, Ugo Giorgetti tem filmes bastante comentados no meio cinéfilo.
Abraço.
Pedrita - Algumas passagens sãos surreais mesmo.
Rodrigo - Ugo Giorgetti tem uma filmografia interessante. Vale a pena procurar "Festa" e "Sábado" por exemplo.
Abraço
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