Trainspotting:
Sem Limites (Trainspotting, Inglaterra, 1996) – Nota 9
Direção –
Danny Boyle
Elenco –
Ewan McGregor, Ewen Brenmer, Jonny Lee Miller, Robert Carlyle, Kevin McKidd,
Kelly Macdonald, Peter Mullan, James Cosmo, Eileen Nicholas.
Periferia
de Edimburgo, Escócia. Mark Renton (Ewan McGregor) é um jovem viciado em
heroína que compartilha seu vício e o prazer por loucuras com um grupo de
amigos. Spud (Ewen Bremner), Sick Boy (Jonny Lee Miller), Tommy (Kevin McKidd)
e o maluco Begbie (Robert Carlyle), além da jovem namorada Diane (Kelly
Macdonald).
Baseado em um livro de Irvine Welsh, este é com
certeza o filme mais marcante sobre o efeito das drogas em jovens sem rumo. Por
mais que tenham situações dramáticas, o foco da trama é mostrar a loucura do
vício misturando desespero, violência, escatologia e até comédia. O ritmo
alucinante de várias sequências pontuadas por uma ótima trilha sonora, junto
com a narração cínica do protagonista vivido por Ewan McGregor elevam o filme
a máxima potência.
O grande acerto do filme e do livro é mostrar a euforia
causada pelas drogas e também o outro lado, as consequências pesadas desta
escolha. Tudo isso ganha pontos pelos ótimos personagens, cada um com suas
características e maluquices próprias.
É um filme que incomoda e que com
certeza não agrada a muita gente, mas por outro lado é uma obra obrigatória
para o cinéfilo que curte longas ousados.
T2 Trainspotting (T2 Trainspotting, Inglaterra, 2017) – Nota
7,5
Direção – Danny Boyle
Elenco – Ewan McGregor, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller,
Robert Carlyle, Anjela Nedyalkova, Kelly Macdonald, James Cosmo.
Vinte anos após ir embora da Escócia, Mark Renton (Ewan
McGregor) volta para Edimburgo com o objetivo de reencontrar os amigos e tentar
acertar as pendências do passado.
Simon “Sick Boy” (Jonny Lee Miller) é dono de
um decadente bar e tenta ganhar um dinheiro extra extorquindo homens que se
encontram com a prostituta Veronika (Anjela Nedyalkova), sua namorada. Spud
(Ewen Bremner) continua viciado em drogas e sofre por ter sido expulso de casa
pela ex-esposa que ficou com o filho do casal. O psicopata Begbie (Robert
Carlyle) está preso sem chance de conseguir sair, por isso planeja fugir.
Diferente do original em que os personagens levavam a vida a mil por hora,
nesta sequência o clima é de fim de festa. Isso não é ruim para o filme, pelo contrário, o
roteiro mostra as consequências dos excessos na vida de cada um deles. O
pensamento dos jovens que acreditam ter a vida inteira pela frente se
transforma em melancolia na meia-idade, quando os sonhos se despedaçaram e a
alegria das drogas se transformou numa vida vazia.
Mesmo voltado muito mais
para o drama, esta sequência tem bons momentos e alguns até engraçados, como o bizarro karaokê dos
protestantes e os flashbacks em que os personagens relembram a juventude ao
passarem por alguns locais da cidade.
Ao final destes dois filmes, fica a
mensagem de que podemos escolher como viver, mas também somos responsáveis
pelas consequências destas escolhas.
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