Meu Nome é Joe (My Names Is Joe, Inglaterra / Alemanha /
França / Espanha, 1998) – Nota 7,5
Direção – Ken Loach
Elenco – Peter Mullan, Louise Goodall, Gary Lewis, David
McKay, Lorraine McIntosh, David Hayman.
Final dos anos noventa, periferia de Glasgow, Escócia. Joe
(Peter Mullan) é um alcoólatra que abandonou o vício há um ano e que tenta
reerguer sua vida, inclusive ajudando os amigos. Ele comanda um time amador de
futebol composto por desempregados e ex-viciados. Ele também tenta sobreviver com
pequenos trabalhos e com o dinheiro do seguro desemprego.
Joe se apaixona ao
conhecer a assistente social Sarah (Louise Goodall), ao mesmo tempo em que
precisa ajudar o sobrinho Liam (David McKay) e sua esposa drogada Maggie (Lorraine
McIntosh), que devem dinheiro a um chefão da região (David Hayman).
O diretor
escocês Ken Loach é especialista em criar dramas sociais focando em personagens que vivem no
lado pobre do Reino Unido. Sua visão crítica da sociedade britânica aqui se
volta para um protagonista que tenta mudar de vida, mas que sofre por ter que enfrentar
os problemas da região onde vive.
O ótimo Peter Mullan encara com alegria em
boa parte filme e com desespero em alguns outros o simpático Joe. O filme tem
algumas semelhanças com o recente e ainda melhor “Eu, Daniel Blake”, que o
mesmo Ken Loach dirigiu. São dois filmes que merecem ser vistos, assim como
quase toda filmografia de Ken Loach.
Tiranossauro (Tyrannosaur, Inglaterra, 2011) – Nota 7,5
Direção – Paddy Considine
Elenco – Peter Mullan, Olivia Colman, Eddie Marsan, Ned
Dennehy, Paul Popplewell.
Numa cidade do interior da Escócia, Joseph (Peter Mullan) é
um viúvo beberrão e encrequeiro que parece ter ódio do mundo. Uma determinada
situação faz com que ele entre na loja de Hannah (Olivia Colman), um mulher
casada e católica que tenta entender o porquê da revolta do sujeito. Mesmo
considerando Hannah irritante, Joseph volta a visitar a loja no dia seguinte,
dando início a uma complicada relação de amizade.
Este doloroso drama marcou a
estreia na direção do ator inglês Paddy Considine (“A Luta Pela Esperança”,
“Heróis da Ressaca”), que também escreveu o roteiro. O ponto principal da
história é mostrar como cada pessoa enfrenta seus problemas a sua maneira.
Enquanto o protagonista vivido por Peter Mullan olha para mundo como este
tivesse uma dívida com ele, a personagem de Olivia Colman tenta esconder o
sofrimento através da fé e da esperança. O relacionamento que nasce entre eles
leva a mudanças dos dois lados. Além da atuação da dupla principal, vale
destacar o sempre ótimo Eddie Marsan como o marido problemático.
É um drama
forte, apoiado em personagens marcantes.