Negação (Denial, Inglaterra / EUA, 2016) – Nota 6,5
Direção – Mick Jackson
Elenco – Rachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall, Andrew
Scott, Jack Lowden, Caren Pistorius, Alex Jennings.
Em meados dos anos noventa, a escritora de origem judaica
Deborah Lipstadt (Rachel Weisz) escreve um livro criticando o historiador David
Irving (Timothy Spall), especialista sobre o nazismo que pregava que as câmaras
de gás nos campos de concentração jamais foram utilizadas para matar os judeus
e que Hitler não sabia da chamada “Solução Final”.
Irving entra com um processo
contra Deborah e a editora de seu livro alegando difamação. Em corte na
Inglaterra, Deborah é defendida por Richard Rampton (Tom Wilkinson), além de
ter auxílio de um grupo de advogados liderados por Anthony Julius (Andrew
Scott).
Baseado numa história real, falta emoção neste longa que aborda o
polêmico e sensível tema do Holocausto. Em momento algum o espectador sente
empatia pelos personagens ou pela história, nem mesmo nas frias sequências em
Auschwitz.
O filme ganha pontos por colocar em discussão como a história do
mundo pode ser distorcida. O historiador vivido por Timothy Spall é o
personagem mais interessante e forte da trama. Sua tese de que o Holocausto não
existiu é defendido com argumentos mentirosos, mas ao mesmo tempo com uma firmeza
assustadora.
Nos dias atuais vemos muitas pessoas importantes e até
intelectuais defendendo mentiras apenas porque estão de acordo com sua
ideologia ou seus interesses.
É uma pena que uma história como esta tenha
resultado em um filme frio e apenas correto.
4 comentários:
nossa, não consigo imaginar que um filme que discuta temas tão sérios deveria ter emoção.
Pedrita - É um tema que tem que despertar emoção nos envolvidos. Tristeza, discussões, ódio ou algum tipo reação. Infelizmente falta este algo a mais no desenvolvimento dos personagens.
Vi esse filme e gostei muito.
É verdade que existem pessoas que defendem suas mentiras tão fervorosamente que eles acreditam que sejam verdades.
Liliane - O personagem de Timothy Spall é a melhor coisa do filme. Ele acredita na sua mentira e sempre tem um argumento, mesmo sendo absurdo.
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