quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O Custo da Coragem

O Custo da Coragem (Veronica Guerin, Irlanda / Inglaterra / EUA, 2003) – Nota 7
Direção – Joel Schumacher
Elenco – Cate Blanchett, Gerard McSorley, Ciaran Hinds, Brenda Fricker, Don Wycherley, Emmet Bergin, Colin Farrell.

Dublin, 1994. A jornalista Veronica Guerin (Cate Blanchett) trabalha para um tablóide e tem como especialidade cobrir escândalos. Ela muda o foco e passa a investigar a epidemia de drogas que toma conta da periferia da cidade. 

Usando como fonte um conhecido dono de boates (Ciaran Hinds) e conseguindo informações sigilosas com um policial (Emmet Bergin), Veronica acredita que possa chegar até o poderoso que comanda escondido o mercado das drogas. Quanto mais ela se aprofunda na investigação, mais sua vida passa a correr perigo. 

Além da força da história real em que o filme é baseado, seu outro ponto principal é a atuação de Cate Blanchett, que consegue passar ao espectador a imagem de jornalista sem medo, mesmo sabendo que sua investigação poderia terminar em tragédia. A forma como é mostrada a periferia de Dublin lembra muitos os bairros sem lei da América Latina. 

Apesar do filme ser correto, fica a impressão de que a quantidade de detalhes e alguns personagens coadjuvantes poderiam ter uma melhor desenvolvimento. A duração de uma hora e meia faz com que o roteiro insira alguns pulos no tempo, pois a história se passa durante dois anos. 

Vale citar que o diretor Joel Schumacher é conhecido por atirar para todos os lados. Ele nunca teve um estilo e já se aventurou por todo tipo de gênero, algumas vezes acertando em cheio (“Uma Dia de Fúria”) e outros errando feio (“Batman Eternamente”). 

Finalizando, o longa tem ainda uma ponta de Colin Farrell numa curiosa e totalmente desnecessária cena. 

2 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

Curiosamente, adicionei este filmes na minha lista Netflix. Preciso conferir. Cate Blanchett é aquela baita atriz que já sabemos e o diretor Schumacher, apesar de ter cometido alguns tropeços, foi um dos poucos em Hollywood nos anos 80 e 90 a passear por diferentes gêneros.
Dias atrás revi "Tempo de Matar".

Abraço.

Hugo disse...

Rodrigo - Também gosto de vários filmes de Joel Schumacher. Ele não tem medo de arriscar.

Abraço