sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Negação

Negação (Denial, Inglaterra / EUA, 2016) – Nota 6,5
Direção – Mick Jackson
Elenco – Rachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall, Andrew Scott, Jack Lowden, Caren Pistorius, Alex Jennings.

Em meados dos anos noventa, a escritora de origem judaica Deborah Lipstadt (Rachel Weisz) escreve um livro criticando o historiador David Irving (Timothy Spall), especialista sobre o nazismo que pregava que as câmaras de gás nos campos de concentração jamais foram utilizadas para matar os judeus e que Hitler não sabia da chamada “Solução Final”. 

Irving entra com um processo contra Deborah e a editora de seu livro alegando difamação. Em corte na Inglaterra, Deborah é defendida por Richard Rampton (Tom Wilkinson), além de ter auxílio de um grupo de advogados liderados por Anthony Julius (Andrew Scott). 

Baseado numa história real, falta emoção neste longa que aborda o polêmico e sensível tema do Holocausto. Em momento algum o espectador sente empatia pelos personagens ou pela história, nem mesmo nas frias sequências em Auschwitz. 

O filme ganha pontos por colocar em discussão como a história do mundo pode ser distorcida. O historiador vivido por Timothy Spall é o personagem mais interessante e forte da trama. Sua tese de que o Holocausto não existiu é defendido com argumentos mentirosos, mas ao mesmo tempo com uma firmeza assustadora. 

Nos dias atuais vemos muitas pessoas importantes e até intelectuais defendendo mentiras apenas porque estão de acordo com sua ideologia ou seus interesses. 

É uma pena que uma história como esta tenha resultado em um filme frio e apenas correto.

4 comentários:

Pedrita disse...

nossa, não consigo imaginar que um filme que discuta temas tão sérios deveria ter emoção.

Hugo disse...

Pedrita - É um tema que tem que despertar emoção nos envolvidos. Tristeza, discussões, ódio ou algum tipo reação. Infelizmente falta este algo a mais no desenvolvimento dos personagens.

Liliane de Paula disse...

Vi esse filme e gostei muito.
É verdade que existem pessoas que defendem suas mentiras tão fervorosamente que eles acreditam que sejam verdades.

Hugo disse...

Liliane - O personagem de Timothy Spall é a melhor coisa do filme. Ele acredita na sua mentira e sempre tem um argumento, mesmo sendo absurdo.