terça-feira, 23 de maio de 2017

O Lamento

O Lamento (Goksung, Coreia do Sul / EUA, 2016) – Nota 7,5
Direção – Hong Jin Na
Elenco – Do Won Kwak, Jung Min Hwang, Jun Kunimura, Woo He Chun, Hwan Hee Kin.

Na vila de Goksung, interior da Coreia do Sul, uma família é assassinada de forma cruel e o único sobrevivente está catatônico e apresenta bolhas pelo corpo. 

Um policial subalterno (Do Won Kwak) e seu parceiro (Jung Min Hwang) se assustam ao testemunharem uma estranha mulher andando nua pela noite. 

Um novo crime faz com que os dois policial desconfiem de um japonês (Jun Kunimura) que vive solitário nas montanhas e que anteriormente foi acusado de tentar violentar um mulher. 

Estes fatos são apenas o início de uma série de acontecimentos bizarros e violentos que transformam a pequena comunidade em um inferno. 

A princípio, este sinistro longa sul-coreano passa a impressão de ser um thriller sobre um serial killer ou algo parecido. O desenrolar da trauma transforma a história em um suspense misturado com terror, inclusive com algumas cenas com bastante sangue. 

O complexo roteiro explora ideias do clássico “O Exorcista”, com a violência dos filmes de zumbis e por fim até uma analogia religiosa referente a luta do bem contra o bem. 

O filme perde pontos em duas situações. A principal falha é a longa duração. São mais de duas horas e meia, resultando num filme irregular, com alguns momentos mortos. Uns trinta minutos a menos deixariam a trama mais concisa e o filme menos cansativo. 

Outro ponto que não me agradou por completo é o final ambíguo. Por mais que dê para entender o que ocorreu, a dúvida que o roteiro deixa na cabeça do espectador até a cena final se revela com furos. Analisando passagens do filme, fica claro que algumas situações não se encaixam com a surpresa final. 

Apesar destes problemas, a história é instigante e o clima de tensão é forte em várias sequências. 

Vale a sessão para quem gosta de fugir da mesmice do gênero e também para quem curte o cinema sul-coreano.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Muito longo e muito violento.
Não faz meu estilo.

Não morri de amores pelo As palavras.
Espero entender o que me deixou dúvidas na história (Dennis Quaid, Olivia Wilde)

Hugo disse...

Liliane - É isso mesmo, longo, complexo e violento.

Ubiracy disse...

Por mais que seja longo eu não senti isso enquanto assistia, mesmo com os momentos mais parados desse filme.
A história em si parece se interessar mais em replicar um conto religioso com alegorias a problemas que acontecem/aconteceram na região. Demonificando o povo japonês ao mesmo tempo em que não deixa ele ser o único causador de problemas da região (O japão já invadiu a Coreia, por exemplo).
O final do filme me deixou bem confuso, não sei se era pra ter alguém certo ou errado, mas o comportamento da mulher não fez o menor sentido pra mim. Esperava algum tipo de reviravolta inteligente tipica de filmes coreanos, mas infelizmente não aconteceu, ou se aconteceu eu não consegui entender.
Pra mim valeu a pena ter assistido mesmo com esses problemas.

Se quer alguma serie coreana pra assistir eu recomendo Six Flying Dragons. É mais puxada pra comédia e drama televisivo do que o enredo histórico propõe, mas vale a pena assistir.

Hugo disse...

Ubiracy - Valeu pela dica, vou pesquisar sobre esta série.

Abraço