quarta-feira, 24 de maio de 2017

Máxima Precisão

Máxima Precisão (Good Kill, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Andrew Niccol
Elenco – Ethan Hawke, Bruce Greenwood, Zoe Kravitz, January Jones, Jake Abel, Dylan Kenin.

O major Thomas Egan (Ethan Hawke) é um veterano piloto que hoje tem como obrigação comandar drones de forma remota. Em uma base em Las Vegas, Egan monitora terroristas no Afeganistão e envia mísseis sempre que recebe uma ordem do oficial em comando (Bruce Greenwood). 

Esta vida tranquila incomoda Egan, que sente falta dos combates áereos reais. A frustração por estar em solo, mais os ataques à distância que muitas vezes atingem civis, são os fatores que influenciam negativamente seu comportamento e até mesmo o casamento com Molly (January Jones). 

Os créditos iniciais informam que este filme é baseado em eventos reais. O estranho é que o desenrolar da trama deixa claro que o longa é na verdade uma versão pálida de alguns acontecimentos, provavelmente uma coletânea de relatos sobre pilotos em crise. 

A premissa de mostrar como a guerra “gruda” em alguns soldados, que não conseguem ter uma vida normal longe das batalhas é comum ao gênero. O diferencial aqui é mostrar o novo tipo de guerra, em que alguém aperta um botão e acerta um alvo a milhares de quilômetros de distância. 

Este videogame verdadeiro e sangrento é discutido pelo protagonista e por outros pilotos em alguns diálogos sem muita profundidade. Enquanto alguns sofrem com que estão vendo e fazendo, outros preferem manter um sentimento de distância, como se eles não fossem responsáveis pelo que ocorre. 

Por mais que seja uma tema atual, o filme é frio e repetitivo. Os vários ataques não passam emoção, assim como algumas cenas violentas. 

No final, fica a impressão de que a história rodou, rodou e não saiu do lugar.

2 comentários:

Marcelo Keiser disse...

Particularmente gostei mais desse filme. Gostei da perspectiva de que independente do ambiente de batalha, as mortes que o soldado deixa para trás não ficam no passado. O que consequentemente desencadeia algumas reações interessantes por parte do protagonista. Gostei!

abraço

Hugo disse...

Marcelo - Gostei da ideia, mas a realização se mostrou fria, sem emoção.

Abraço