Máxima Precisão (Good Kill, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Andrew Niccol
Elenco – Ethan Hawke, Bruce Greenwood, Zoe Kravitz, January
Jones, Jake Abel, Dylan Kenin.
O major Thomas Egan (Ethan Hawke) é um veterano piloto que
hoje tem como obrigação comandar drones de forma remota. Em uma base em Las
Vegas, Egan monitora terroristas no Afeganistão e envia mísseis sempre que
recebe uma ordem do oficial em comando (Bruce Greenwood).
Esta vida tranquila
incomoda Egan, que sente falta dos combates áereos reais. A frustração por
estar em solo, mais os ataques à distância que muitas vezes atingem civis, são os fatores que influenciam negativamente seu comportamento e até mesmo o casamento com Molly
(January Jones).
Os créditos iniciais informam que este filme é baseado em
eventos reais. O estranho é que o desenrolar da trama deixa claro que o longa é na verdade uma versão pálida de alguns acontecimentos, provavelmente uma coletânea de relatos sobre
pilotos em crise.
A premissa de mostrar como a guerra “gruda” em alguns
soldados, que não conseguem ter uma vida normal longe das batalhas é comum ao
gênero. O diferencial aqui é mostrar o novo tipo de guerra, em que alguém
aperta um botão e acerta um alvo a milhares de quilômetros de distância.
Este
videogame verdadeiro e sangrento é discutido pelo protagonista e por outros
pilotos em alguns diálogos sem muita profundidade. Enquanto alguns sofrem com
que estão vendo e fazendo, outros preferem manter um sentimento de distância,
como se eles não fossem responsáveis pelo que ocorre.
Por mais que seja uma
tema atual, o filme é frio e repetitivo. Os vários ataques não passam emoção, assim como algumas cenas violentas.
No final, fica a impressão de que a história
rodou, rodou e não saiu do lugar.
2 comentários:
Particularmente gostei mais desse filme. Gostei da perspectiva de que independente do ambiente de batalha, as mortes que o soldado deixa para trás não ficam no passado. O que consequentemente desencadeia algumas reações interessantes por parte do protagonista. Gostei!
abraço
Marcelo - Gostei da ideia, mas a realização se mostrou fria, sem emoção.
Abraço
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