Alta Ansiedade (High
Anxiety, EUA, 1977) - Nota 7
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Madeline Kahn, Cloris Leachman, Harvey Korman, Dick Van
Patten, Ron Carey, Barry Levinson.
O Dr. Richard H. Thorndyke (Mel
Brooks) é escolhido para ser o novo administrador de um sanatório após a misteriosa
morte do anterior. Ao começar seu trabalho, Thorndyke, que também sofre de
ansiedade, precisa lidar com a assustadora enfermeira Diesel (Cloris Leachman)
e o Dr. Montague (Harvey Korman) que deseja ser o administrador do local.
Quando Thorndyke participa de um congresso sobre psiquiatria, ele é procurado por
Victoria (Madeline Kahn), filha de um rico industrial que está preso no
sanatório como parte de um plano de Diesel e Montague, que mantém pessoas
normais internadas para receber os pagamentos pelo tratamento fajuto.
O foco
da paródia de Brooks neste longa são os filmes de Alfred Hitchcock, começando
pelo cartaz que lembra “Um Corpo que Cai” e passando por sequências que são
homenagens a diversos trabalhos do mestre do suspense. Mesmo sendo um pouco
irregular, o resultado diverte o espectador, principalmente aquele que
reconhecer nas cenas as homenagens aos filmes de Hitchcock.
A História do Mundo – Parte I
(History of the World: Part I, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Mel Brooks
Elenco – Mel Brooks, Dom
DeLuise, Madeline Kahn, Gregory Hines, Harvey Korman, Cloris Leachman, Ron
Carey, Pamela Stephenson, Syd Caesar.
Dividindo o filme em
segmentos para contar a primeira parte da história do mundo a sua maneira, Mel
Brooks criou uma divertida e quase insana comédia que apresenta vários personagens
históricos. São pequenas histórias, como a primeira que mostra uma importante
descoberta do homem, o segmento da Idade da Pedra narrado por Orson Welles, a
confusão de Moisés com Os Dez Mandamentos, a gozação em cima do Império Romano
com a participação de Jesus Cristo, seguido da Inquisição Espanhola e da
Revolução Francesa.
Como sempre o elenco está recheado dos amigos de Brooks,
que interpreta cinco personagens. Os destaques ficam para Dom De Luise como
Nero e Gregory Hines como um escravo malandro na época do Império Romano.
Sou ou Não Sou (To Be or Not
To Be, EUA, 1983) – Nota 7
Direção – Alan Johnson
Elenco – Mel Brooks, Anne
Bancroft, Charles Durning, Tim Matheson, José Ferrer, Christopher Lloyd, George
Wyner,
Em Varsóvia, durante a
invasão nazista na Segunda Guerra, Dr. Frederick Bronski (Mel Brooks) é um ator
que vive interpretando “Hamlet” no teatro ao lado da esposa Anna (Anne
Bancroft) e de uma trupe de atores. Durante o momento em que Bronski recita o
monólogo da peça, sua esposa encontra o jovem tenente Sobinski (Tim Matheson)
às escondidas. Quanto o cerco nazista aos judeus aumenta, Sobinski revela ser
da Resistência e decide ajudar o casal Bronski e a trupe de atores a fugir do
país.
Refilmagem de um comédia de Ernest Lubitsch de 1942, este longa mesmo não
tendo Brooks como diretor oficial, fica clara sua influência no estilo da piadas. As trapalhadas que o grupo de atores enfrenta
para fugir do país e as diversas cenas da peça de teatro com Brooks
interpretando um ator canastrão são típicas de sua carreira.
Como curiosidade, este foi o
único filme em que Brooks contracenou com sua esposa Anne Bancroft. Além disso,
também foi o primeiro filme de Brooks sem pelo menos um de seus colaboradores
habituais como Dom DeLuise, Madeline Kahn, Harvey Korman e Cloris Leachman.
S.O.S. –
Tem um Louco Solto no Espaço (Spaceballs, EUA, 1987) – Nota 7,5
Direção –
Mel Brooks
Elenco –
Mel Brooks, Bill Pullman, Daphne Zuniga, John Candy, Rick Moranis, George
Winner, Michael Winslow, John Hurt, Dick Van Patten.
Mesmo tendo sido produzido dez anos depois do sucesso do
original “Guerra nas Estrelas”, esta paródia é um dos filmes mais divertidos de
Mel Brooks e com certeza seu último trabalho de qualidade.
O planeta Spaceball
sofre com problemas na atmosfera e para salvá-lo, o Presidente Skroob (Mel
Brooks) ordena que seu oficial Dark Helmet (Rick Moranis) sequestre a Princesa
Vespa (Daphne Zuniga) do vizinho planeta Druidia, para exigir em troca todo o
ar do local. O Rei Roland (Dick Van Patten) contrata a dupla de mercenários
espaciais Lone Starr (Bill Pullman) e Barf (John Candy) para resgatar sua
filha.
A história absurda é apenas um pretexto para as piadas. Algumas
sequências são muito engraçadas, como a entrada em cena de Dark Helmet, que
revela ser o pequeno Rick Moranis, as sequências em que Mel Brooks aparece como
Mestre Yogurt, a participação de John Hurt tirando um sarro de seu papel em
“Alien” e ainda as piadas sonoras do sumido Michael Winslow de “Loucademia de
Polícia”.
A Louca!
Louca História de Robin Hood (Robin Hood: Men in Tights, EUA, 1993) – Nota 5,5
Direção – Mel Brooks
Elenco –
Cary Elwes, Richard Lewis, Roger Rees, Amy Yasbeck, Dave Chappelle, Isaac
Hayes, Mel Brooks, Dom DeLuise, Tracey Ullman, Patric Stewart
Após lutar
nas Cruzadas, Robin Hood (Cary Elwes) é preso em Jerusalém, mas consegue
escapar com a ajuda de outro prisioneiro (o cantor Isaac Hayes). Em troca da
ajuda, o sujeito pede que Robin ajude seu filho (Dave Chappelle) que vive na
Inglaterra. Após voltar a Inglaterra, Robin encontra o sujeito e se alia a outros homens para lutar contra o Príncipe John (Richard Lewis) e o malvado
Xerife de Rottingham (Roger Rees).
O estilo de Mel Brooks aqui já se mostrava
desgastado, as piadas com a história clássica de Robin Hood não funcionam,
sendo mais bobas que engraçadas. O elenco também não ajuda, com exceção das
pequenas participações de Isaac Hayes e Dom DeLuise, o restante dos personagens
não tem carisma algum.
Drácula –
Morto Mas Feliz (Dracula: Dead and Loving It, EUA / França, 1995) – Nota 6
Direção –
Mel Brooks
Elenco –
Leslie Nielsen, Peter McNicol, Mel Brooks, Amy Yasbeck, Steven Weber, Lysette
Anthony, Harvey Korman.
O último
trabalho de Mel Brooks na direção foi esta sátira ao clássico Drácula,
resultando num filme um pouco melhor que o fraco “A Louca! Louca História de
Robin Hood”, mas mesmo assim longe dos melhores longas de sua carreira.
As
piadas são apenas razoáveis, o que salva o filme é o elenco que se entrega a
brincadeira. Mel Brooks como Val Helsing, Peter McNicol com o maluco Renfield e
principalmente Leslie Nielsen como um Drácula paspalhão, conseguem tirar algumas
risadas do espectador.
Brooks tinha quase setenta anos na época e provavelmente
juntando a idade com o desgaste do seu estilo, ele encerrou a carreira como
diretor e continuou apenas com participações especiais em seriados e como
dublador em algumas animações.