Nesta postagem eu comento sobre cinco produções B filmadas na região, todos longas esquecidos ou pouco conhecidos pelo público.
A Floresta de Esmeraldas (The Emerald Forest, Inglaterra,
1985) – Nota 7
Direção –
John Boorman
Elenco –
Powers Boothe, Meg Foster, Charley Boorman, Dira Paes, Estee Chandler, Eduardo
Conde, Átila Iório, Gracindo Júnior.
O engenheiro Bill Markham (Powrs Boothe) trabalha na construção
de uma hidrelétrica na Amazônia quando seu filho Tommy é sequestrado por
índios. Durante dez anos, Bill procura seu filho visitando tribos isoladas em
lugares remotos da Amazônia. O destino faz com que ele encontre seu filho já
adolescente (Charley Boorman), vivendo agora como um índio loiro adotado pelo
chefe da tribo. Tommy se nega a voltar com o pai, pois seu povo está em guerra
como outra tribo extremamente violenta e canibal.
A trama fantasiosa foi
detonada pela crítica e transformou o filme no maior fracasso da carreira do
diretor inglês John Boorman (“Excalibur”, “Inferno no Pacífico”). Uma das
críticas principais também foi pela escolha de seu filho Charley Boorman para o
papel do jovem índio. Apesar da trama fora do normal, o filme é interessante, o
roteiro trabalha a clássica relação conflituosa entre pai e filho, lembrando um
pouco a história de “Tarzan”. Outros pontos positivos são a fotografia
que explora as belezas da floresta amazônica e as boas cenas de ação e violência.
Vale destacar os vários brasileiros em papéis de coadjuvante, inclusive uma
ainda adolescente Dira Paes.
Selva Viva (Where
the River Runs Black, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – Christopher Cain
Elenco – Charles Durning, Peter Horton, Chico Diaz,
Alessandro Rabelo, Ajay Naidu, Castulo Guerra, Dana Delany, Conchata Ferrell,
Divana Brandão.
O menino Lazaro (Alessandro Rabelo) tem sua mãe assassinada
por garimpeiros e é jogado no rio, porém é salvo por um boto. Em seguida, o
garoto é levado para um orfanato em Belém que é comandado pelo velho padre
O’Reilly (Charles Durning). O padre sabe que o garoto é fruto da relação de
outro padre (Peter Horton) com uma mulher da região (Divana Brandão). Mesmo
muito jovem, Lazaro deseja se vingar dos assassinos da mãe e voltar para selva.
Com um bom elenco de americanos e com apoio do brasileiro Chico Diaz, está
produção explora bem os cenários de Belém do Pará e da Amazônia para contar uma
história que utiliza partes de lendas como a do boto e da mulher-águia.
O
diretor Christopher Cain era promissor nos anos oitenta, tendo feito bons
filmes como “A Força da Inocência”, porém se perdeu nos anos noventa em
produção fracas.
O Rio da Morte (River of Death, EUA, 1989) – Nota 5
Direção –
Steve Carver
Elenco –
Michael Dudikoff, Donald Pleasence, Robert Vaughn, Herbert Lom, L. Q. Jones,
Cynthia Earland, Sarah Maur Thorp.
O mercenário Hamilton (Michael Dudikoff) lidera uma
expedição pelo rio Amazonas em busca de uma cidade perdida. Enfrentando perigos
como o rio selvagem, nativos e animais, o grupo ainda cruza com um cientista
nazista (Robert Vaughn) que faz experiências com os nativos.
Esta produção com
uma trama absurda estrelada pelo eterno “American Ninja” Michael Dudikoff chega
a ser divertida, tanto pelas cenas de ação feitas com poucos recursos, quanto
pelo elenco de veteranos vilões. Além de Vaughn (“Os Agentes da UNCLE”), o
filme tem ainda Donald Pleasence (o dr. Loomis do clássico “Halloween”) como
um sujeito ganancioso, Herbert Lom (o comandante Dreyffus do original “A
Pantera Cor-de-Rosa”) como um coronel e L. Q. Jones (vilão em vários westerns)
como outro aventureiro.
800 Léguas Abaixo do Amazonas (Eight Hundred Leagues Down
the Amazon, EUA / Peru, 1993) – Nota 4
Direção – Luis Llosa
Elenco – Daphne Zuniga, Tom Verica, Barry Bostwick, Adam
Baldwin
John Garral (Barry Bostwick) é um fazendeiro que vive nas
margens do Rio Amazonas no lado peruano, mas que não pode entrar no Brasil por ter
sido condenado por um crime que não cometeu. Quando sua filha (Daphne Zuniga)
vai se casar com o aristocrata Manoel (Tom Verica), Garral decide enfrentar o
perigoso rio para participar do enlace. Garral precisa ainda escapar de um
caçador de recompensas (Adam Baldwin) que deseja capturá-lo.
Baseado na obra de
Julio Verne, esta produção dirigida pelo peruano Luis Llosa foi um dos
trabalhos que sabe-se lá porque chamaram a atenção de Hollywood e abriram as
portas para a carreira internacional do diretor. Ele já havia comandado bombas
como “Caçador do Futuro” com David Carradine e “O Assassino do Presidente” como
Erik Estrada. Aqui o nível é o mesmo, com um elenco recheado de canastrões
americanos e algumas cenas que chegam até a ser engraçadas. O gosto por filmar
na Amazônia fez Llosa comandar também o clássico trash “Anaconda”.
Bem-Vindo À Selva (The Rundown, EUA, 2003) – Nota 4
Direção – Peter Berg
Elenco –
Dwayne “The Rock” Johnson, Seann William Scott, Rosario Dawson, Christopher
Walken, Ewen Bremner, Jon Gries, William Lucking, Ernie Reyes Jr.
Beck (Dwayne Johnson) é contratado por um milionário para
buscar o filho Travis (Seann Wiliam Scott) que foi para o Brasil à procura de
um tesouro que estaria escondido num lendário local conhecido como Eldorado.
Beck não demora para encontrar Travis, que por seu lado faz a cabeça do sujeito
com a história da fortuna e consegue transformar o caçador de recompensas em
seu parceiro. Além dos perigos naturais, a dupla terá de enfrentar também o
mercenário Hatcher (Christopher Walken) que deseja encontrar o tesouro.
Mesmo
assistindo sem se preocupar com as falhas, a trama ou as atuações, fica difícil
encarar esta aventura exagerada que mostra uma selva brasileira totalmente
estranha e o povo falando espanhol. Para piorar, não vejo graça alguma em Seann
William Scott, enquanto The Rock tenta salvar o dia dando porrada. O ponto
positivo é o sempre competente Christopher Walken se divertindo como o vilão.
5 comentários:
Não podemos esquecer "Anaconda"! Um típico caso de algo que é ruim, mas bom demais para ser esquecido.... rsrsrs
abraço
Que medo, viu? rs. Mas, se teve até um 7, vou tentar superar o preconceito um dia.
bjs
Marcelo - Citei "Anaconda" no início do post e considero melhor que a lista que comentei.
Amanda - A Floresta de Esmeraldas é um filme interessante, mesmo tendo uma trama absurda.
Abraço
Ups... a citação passou batida rsrs. Desculpa! Em si tratando de filmes de cobra, com certeza foi um dos melhores que eu vi até hoje (o primeiro, pois o segundo já não me agradou muito).
abraço
Marcelo - Fique tranquilo. Filmes de terror com animais exóticos geralmente são absurdos, mas mesmo assim "Anaconda" é bem divertido.
A parte 2 é muito ruim, inclusive comentei no blog junto com outras bombas.
Ao que parece, Anaconda já está na parte 5. Virou aquilo tipo de franquia em que os filmes são lançados direto em dvd.
Abraço
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