O Salário do Medo (Le Salaire de La Peur, França / Itália,
1953) – Nota 8,5
Direção – Henri Georges Clouzot
Elenco – Yves Montand, Charles Vanel, Folco Lulli, Peter Van
Eyck, Vera Clouzot, William Tubbs.
Num vilarejo miserável no interior da Guatemala, um grupo de
homens de várias nacionalidades passam os dias à espera de algum trabalho e com
a esperança de juntar dinheiro para voltarem aos seus países. Estes sujeitos
foram levados para o local para trabalhar na construção de uma torre de
petróleo, porém a empresa americana responsável pelo empreendimento abandonou o
a obra pela metade.
Quando uma outra torre de petróleo desta empresa explode e as chamas parecem incontroláveis, o responsável pela companhia na região (William Tubbs), vê como única chance de diminuir a tragédia utilizar nitroglicerina para fechar o poço em chamas. O problema é que a nitroglicerina precisa ser transportada através de uma péssima estrada em caminhões sem proteção alguma, podendo explodir a qualquer momento.
Sem escrúpulos, o sujeito oferece dois mil dólares para os estrangeiros desempregados que aceitarem carregar os explosivos. Desesperados para sair do país, o arriscado trabalho parece ser a única salvação, o que faz com que vários homens se candidatem, porém apenas quatro são escolhidos para seguirem em dois caminhões. Os franceses Mario (Yves Montand) e Jo (Charles Vanel) formam uma dupla e o italiano Luigi (Folco Lulli) com o alemão Bimba (Peter Van Eyck) formam a segunda equipe.
O roteiro adaptado pelo próprio diretor Clouzot critica a exploração das empresas americanas em países do terceiro mundo, tema que continua atual, além de mostrar como a ganância faz aflorar o pior lado do ser humano. O desenvolvimento dos personagens é fundamental na trama, principalmente da dupla de franceses, que muda completamente o relacionamento durante a terrível travessia. Algumas cenas são de forte suspense, como a manobra do caminhão sobre as madeiras na beira do precipício.
O filme perde um pouco apenas na longa duração, por causa de algumas passagens desnecessárias na primeira parte e na atuação exagerada de Vera Clouzot, atriz brasileira que era casada com o diretor e que interpreta uma jovem apaixonada pelo personagem de Yves Montand.
Como informação, o longa é falado em pelo menos quatro línguas: francês, espanhol, italiano e alemão e venceu a Palma de Ouro em Cannes e o Urso de Prata em Berlim.
Finalizando, a trama foi refilmada por William Friedkin em 1977 com o título de “Comboio do Medo” (leia crítica aqui), tendo Roy Scheider como protagonista, mas foi um tremendo fracasso de público e crítica, mesmo sem ser um filme ruim.
Quando uma outra torre de petróleo desta empresa explode e as chamas parecem incontroláveis, o responsável pela companhia na região (William Tubbs), vê como única chance de diminuir a tragédia utilizar nitroglicerina para fechar o poço em chamas. O problema é que a nitroglicerina precisa ser transportada através de uma péssima estrada em caminhões sem proteção alguma, podendo explodir a qualquer momento.
Sem escrúpulos, o sujeito oferece dois mil dólares para os estrangeiros desempregados que aceitarem carregar os explosivos. Desesperados para sair do país, o arriscado trabalho parece ser a única salvação, o que faz com que vários homens se candidatem, porém apenas quatro são escolhidos para seguirem em dois caminhões. Os franceses Mario (Yves Montand) e Jo (Charles Vanel) formam uma dupla e o italiano Luigi (Folco Lulli) com o alemão Bimba (Peter Van Eyck) formam a segunda equipe.
O roteiro adaptado pelo próprio diretor Clouzot critica a exploração das empresas americanas em países do terceiro mundo, tema que continua atual, além de mostrar como a ganância faz aflorar o pior lado do ser humano. O desenvolvimento dos personagens é fundamental na trama, principalmente da dupla de franceses, que muda completamente o relacionamento durante a terrível travessia. Algumas cenas são de forte suspense, como a manobra do caminhão sobre as madeiras na beira do precipício.
O filme perde um pouco apenas na longa duração, por causa de algumas passagens desnecessárias na primeira parte e na atuação exagerada de Vera Clouzot, atriz brasileira que era casada com o diretor e que interpreta uma jovem apaixonada pelo personagem de Yves Montand.
Como informação, o longa é falado em pelo menos quatro línguas: francês, espanhol, italiano e alemão e venceu a Palma de Ouro em Cannes e o Urso de Prata em Berlim.
Finalizando, a trama foi refilmada por William Friedkin em 1977 com o título de “Comboio do Medo” (leia crítica aqui), tendo Roy Scheider como protagonista, mas foi um tremendo fracasso de público e crítica, mesmo sem ser um filme ruim.
2 comentários:
A exploração no trabalho sempre podem e devem gerar bons filmes.
Pena que a sociedade em que vivemos não aprende com isso.
abs
Renato - Acredito que a sociedade nunca aprenderá.
Abraço
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