300 (300, EUA, 2006) – Nota 7,5
Direção – Zack Snyder
Elenco –
Gerard Butler, Lena Headey, Dominic West, David Wenham, Vincent Regan, Michael
Fassbender, Tim Wisdom, Andrew Pleavin, Andrew Tiernan, Rodrigo Santoro,
Stephen McHattie.
Em 480 A.C., o rei dos persas Xerxes (Rodrigo Santoro)
prepara suas tropas para invadir a Grécia após o rei de Esparta Leônidas
(Gerard Butler) se negar a aceitá-lo como Deus. Os espartanos eram um povo
guerreiro, mas mesmo assim o Conselho nega o pedido de Leônidas para entrar em
guerra. Desobedecendo as ordens, Leônidas leva trezentos guerreiros para
enfrentar o exército de Xerxes no litoral da Grécia, mesmo sabendo que o
inimigo tem dez vezes mais soldados.
O diretor Zack Snyder se baseou no graphic
novel de Frank Miller, que por seu lado foi inspirado pela histórica batalha
que transformou Leônidas e os espartanos em sinônimos de guerreiros. Os fãs do
trabalho de Miller e com certeza a nova geração habituada com estilo videogame
adoraram o filme, que realmente é um fantástico trabalho de CGI, com destaque
para as violentas cenas de batalhas.
O roteiro é apenas razoável, se apegando
muito na questão da honra que o personagem de Leônidas cita várias vezes, sem
se aprofundar na história e oferecendo até algumas soluções simplistas, como no
conflito da rainha (Lean Headey) com um conselheiro corrupto (Dominic West).
Sou
de uma geração que cresceu nos anos oitenta e que gostava de épicos em que as
batalhas eram repletas de figurantes, como “Ben Hur” e “Os Dez Mandamentos”, ou
mesmo de filmes não tão antigos como “Dança com Lobos”, que também utilizou
inúmeros figurantes, como na fantástica sequência do estouro de búfalos.
Estes
filmes atuais em que o CGI é ponto primordial me deixam a sensação de estar
vendo algo feito para videogame e não cinema. Entendo que estes recursos são
sensacionais quando utilizados em meio a um bom roteiro e bons atores como na
trilogia “Senhor dos Anéis”, mas nunca devem ser o ponto principal do filme.
Por este pensamento vejo “300” como uma experiência diferente, que diverte, mas
fica aquém dos grandes épicos.
Como informação, uma sequência está em
pós-produção e será lançada em 2014.
8 comentários:
Achei 300 cansativo, não só pela história, mas tbm pela filmagem em sépia. Muito artificial.
Abçs!
Considerando a época em que foi lançado, eu gosto de pensar que "300" era o épico que "Tróia", ou "A Cruzada" quiseram ser, mas não conseguiram. Esse filme custou pouco (para um filme do gênero que consome milhões para uma finalização que confira credibilidade), faturou um monte, credibilizou ainda mais sua fonte e acima de tudo, não precisou de mais do que uma simples história que quase ninguém conhecia para alçar a carreira de um cineasta (Zack Snyder) que não havia feito grande coisa além de um remake de filmes de zumbis. Adoro esse filme por várias razões.
abraço
A parte técnica desse filme é excelente e acho que esse é o ponto mais positivo de "300". No mais, no resto, acho o filme muito exagerado, com uma sequência que vem aí que demorou demais para ser feita e que soa como uma continuação caça níquel.
Silvia - Isto é o que incomoda também, fica longe de ser algo real.
Marcelo - O sucesso do filme está em oferecer algo que a geração atual adora, cenas de ação com em que o CGI é o ponto principal. Não tira os méritos técnicos, mas não é um tipo de cinema que me agrada por completo.
Kamila - A sequência tem toda a cara de caça níquel mesmo. Até a direção está por conta de outro sujeito.
Abraço
Esse filme não me traz boas memórias. Achei-o artificial, arrastado e sem alma. Sua violência é desapaixonada e me parece cínica. Acho que o diretor fez melhor em seus filmes seguintes.
Gustavo - Considero uma diversão passageira. Como citei acima, não é um estilo que me agrada.
Abraço
Apesar do filme ter sido inspirado num fato histórico, eles viajaram bastante na área da fantasia. Principalmente no núcleo dos vilões, em que chegaram a botar monstros servindo ao Rei Xerxes.
Léo - A intenção foi fazer uma épico moderno, modificando a história para dar ênfase ao CGI.
Abraço
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