Cafundó (Brasil, 2005) – Nota 6,5
Direção – Paulo Betti & Clóvis Bueno
Elenco – Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Leandro Firmino,
Alexandre Rodrigues, Luís Melo, Renato Consorte, Francisco Cuoco, Abrahão Farc,
Flavio Bauraqui, Paulo Betti.
No final do século XIX, em Sorocaba no interior de São
Paulo, João de Camargo (Lázaro Ramos) era um escravo que ganhou a liberdade com
a Lei Áurea e durante algum tempo viveu num local conhecido como Cafundó, uma
colônia de negros na periferia da cidade.
Sua mãe acreditava que João tinha
algo de especial e que ajudaria as pessoas, porém por muito tempo ele não levou
a sério. João chegou a se casar com uma mulher branca (Leona Cavalli) e tentar
a vida na lavoura, mas as coisas não deram certo e ele se entregou a bebida.
A
vida de João mudou quando teve algumas visões e decidiu construir uma simples
igreja de barro para ajudar os necessitados. Contando com a ajuda de dois
amigos (Leandro Firmino e Alexandre Rodrigues), João construiu a Igreja do
Senhor do Bonfim da Água Vermelha e se transformou numa figura querida pelo
povo que o procurava pedindo todo tipo de ajuda, ao mesmo tempo em que se
tornou um estorvo para a Igreja Católica.
Baseado numa história real, este
longa dirigido em quatro mãos por Clóvis Bueno e pelo ator Paulo Betti, é um
interessante registro sobre uma figura pouco conhecida, mas que deixou um
legado de esperança para o população pobre de Sorocaba. Por sinal, Paulo Betti
nasceu em Sorocaba e com certeza desde criança ouviu as histórias sobre João de
Camargo, que viveu de 1858 até 1942, decidindo assim homenagear o religioso.
Analisando como cinema, o filme é apenas razoável, tem problemas no roteiro,
como na questão da passagem do tempo que é confusa e na perseguição sofrida por
João que é mostrada rapidamente, sem se aprofundar.
É mais um longa que vale
pela curiosidade de se conhecer um personagem marcante como João de Camargo.
2 comentários:
Ola caro amigo,não vi a este filme,mas o texto que redigistes está excelente.Uma boa noite e meu abraço.SU
Suzane - Obrigado pela visita.
Abraço
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