sábado, 21 de setembro de 2013

Marcados Para Morrer

Marcados Para Morrer (End of Watch, EUA, 2012) – Nota 7,5
Direção – David Ayer
Elenco – Jake Gyllenhaal, Michael Peña, Anna Kendrick, Natalie Martinez, David Harbour, Frank Grillo, America Ferrera.

Na violenta região de South Central em Los Angeles, a dupla de policiais Brian Taylor (Jake Gyllenhaal) e Miguel Zavala (Michal Peña) patrulha as ruas atendendo todo tipo de chamada. Taylor e Zavala tem um amizade de irmãos, inclusive se relacionando fora do trabalho, com o primeiro iniciando um relacionamento com a doce Janet (Anna Kendrick) e o segundo casado com Gabby (Natalie Martinez) e às vésperas de se tornar pai. A difícil vida nas ruas fica ainda mais complicada quando por acaso a dupla descobre alguns locais utilizados pelo violento cartel mexicano de Sinaloa e prende alguns de seus integrantes. 

Este é o terceiro filme do diretor e roteirista David Ayer, que novamente leva para as telas um drama policial tendo a periferia de Los Angeles como palco. O filme lembra um pouco seu primeiro trabalho, o nervoso “Tempos de Violência”, que ao invés de uma dupla de policiais, apresentava dois amigos que viviam à beira da marginalidade. A semelhança entre os dois filmes está na forte amizade entre os personagens principais e na violência que reina na região de South Central, muitas vezes atingindo pessoas inocentes. Em “Os Reis da Rua”, a trama baseada num livro de James Elroy focava na corrupção policial, o contrário daqui que mostra policiais honestos. 

Este “Marcados Para Morrer” se mostra o trabalho mais maduro do diretor, que utiliza sem exageros o estilo da câmera mão e em locais inusitados. O personagem de Gyllenhaal carrega uma câmera manual e algumas vezes uma minúscula câmera no uniforme para fazer um documentário para sua tese em um curso, fato que dá realismo aos mais diferentes ângulos. Por exemplo, em uma tomada noturno a câmera capta as imagens pela altura da arma do personagem, lembrando o antigo game “Doom”. 

O diretor acerta também na narrativa que intercala bem a vida profissional e pessoal de cada personagem, sem pressa para contar a história e principalmente sem apelar para cenas de ação exageradas.

O resultado é um bom drama policial, que fica mais próximo da realidade do que da ficção.

7 comentários:

bruno knott disse...

Este filme foi uma grata surpresa para mim. O estilo da direção é um dos pontos fortes mesmo, mas o que mais me chamou a atenção foi a química entre Gyllenhaal e Peña. Não tinha como não acreditar nessa forte amizade entre os dois personagens principais.

Hugo disse...

Bruno - A atuação dos dois atores foi perfeita, realmente mostrou uma amizade verdadeira. Foi um dos pontos altos do filme.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Parece interessante.

bjs

Alan Raspante disse...

Não esperava que fosse bom como você comentou. Fiquei com vontade de conferir! O elenco é massa!

Hugo disse...

Amanda - É um bom drama policial.

Alan - Vale a pena, tem um abordagem realista mais voltada para o drama.

Abraço

Gustavo disse...

Esse é um trabalho daqueles tipos raros, que pretendem passar uma ilusão de realismo e conseguem.

Hugo disse...

Gustavo - é um filme policial acima da média.

Abraço