São vários os atores que chegaram ao sucesso com bons filmes e algum tempo depois, por causa de escolhas erradas ou acomodação, acabaram estragando a carreira em trabalhos ruins. As vezes até conseguem um papel em algum bom filme, mas na maioria das vezes escolhem trabalhos medíocres.
Nesta lista estão bons atores Val Kilmer, Cuba Gooding Jr, Eric Roberts, Nicolas Cage e Ray Liotta, este último a quem dedico a postagem comentando três filmes.
Herói (Hero Wanted, EUA, 2008) – Nota 5,5
Direção – Brian Smrz
Elenco –
Cuba Gooding Jr, Ray Liotta, Norman Reedus, Kim Coates, Tommy Flanagan, Jean
Smart, Christa Campbell, Ben Cross, Samantha Hanratty, Todd Jensen, Steven
Kozowski, Gary Cairns.
O lixeiro Liam Case (Cuba Gooding Jr) presencia um violento
acidente de automóvel e consegue salvar a garotinha Marley (Samantha Hanratty)
que estava presa no carro em chamas. Liam se torna um herói local, mas o fato
não o faz esquecer da morte da esposa também em um acidente de carro, quando
ela estava grávida. Alguns anos depois, Liam está flertando com uma caixa de
banco (Christa Campbell) quando o local é tomado por um grupo de assaltantes
que atira na garota e no próprio Liam, que sobrevive. Querendo vingança, Liam decide
perseguir os assaltantes com o objetivo de matar um a um.
Entre os vários
filmes de ação ruins que Cuba Gooding Jr protagonizou nos últimos anos, este
pelo menos tem alguns pontos interessantes, pena que mal aproveitados,
provavelmente pela inexperiência do diretor Smrz, que na verdade é um dublê de
cenas de ação. Fica claro que o sujeito conhece de ação, o longa é recheado de
tiroteios e violentas brigas, além de alguns ângulos interessantes, como a
câmera voadora que passeia em meio aos tiros da sequência final.
A ideia de
contar a história de forma não linear também é boa, mesmo com a montagem sendo
um pouco confusa. O que atrapalha é o desenrolar do roteiro, que cria algumas situações absurdas e um final melodramático.
Mesmo com Cuba Gooding Jr trabalhando no piloto automático, o elenco é
interessante, tem Ray Liotta como um policial e Norman Reedus (O Daryl de“The
Walking Dead”) como amigo do protagonista.
No final fica a impressão de que a premissa
tinha potencial para um filme melhor.
Os Reis da Rua 2 (Street Kings 2: Motor City, EUA, 2011) –
Nota 5
Direção –
Chris Fisher
Elenco –
Ray Liotta, Shawn Hatosi, Clifton Powell, Kevin Chapman, Charlotte Ross, Inbar
Lavi.
Numa armadilha da polícia para prender um traficante, o detetive
Marty Kingston (Ray Liotta) leva um tiro na perna, mas o bandido acaba preso.
Três anos depois, um antigo parceiro de Marty é assassinado. O caso é entregue
para ele investigar com um novo parceiro, o novato Dan Sullivan (Shawn Hatosi).
Marty, que manca em virtude do tiro que levou, não faz força para investigar,
enquanto Sullivan resolve ir a fundo, principalmente quando novos assassinatos
ocorrem e Sullivan acredita serem crimes por vingança.
Esta sequência do filme
de 2008 com Keanu Reeves, não tem ligação alguma com o original, sendo um
produção que tentou lucrar alguns trocados enganando o público. A trama é puro
clichê, rapidamente fica claro o que realmente está ocorrendo, até o inevitável
clímax com um acerto de contas.
Identidade Assassina (Pilgrim, Canadá / Inglaterra / México,
2000) – Nota 5,5
Direção –
Harley Cockeliss
Elenco –
Ray Liotta, Gloria Ruben, Armin Mueller Stahl, Daniel Kash.
Um sujeito (Ray Liotta) acorda no meio do deserto sem saber
quem é ou como foi para naquele local. Procurando um caminho para chegar em
algum lugar, ele encontra a artista plástica Vicky (Gloria Reuben), que mesmo
em dúvida quanto a história do sujeito, aceita ajudá-lo. Com o passar dos dias,
o homem começa a lembrar de alguns fatos que envolvem violência e fica
preocupado acreditando que possa ser um bandido. Ao mesmo tempo, um outro homem
chamado Mac (Armin Mueller Stal) o encontra e deixa a entender ter contas para
acertar com ele.
Utilizando o clichê do personagem sem memória, o roteiro falha
ao tentar prender a atenção do espectador através de flashbacks manjados e uma
trama sem surpresas. O bom ator Ray Liotta é o típico operário do cinema. Após
ficar famoso pelo papel em “Os Bons Companheiros”, ele ao invés de direcionar a
carreira para bons projetos, prefere aceitar todo tipo de proposta,
principalmente em longas policiais e de suspense, trabalhando numa média de
quatro filmes por ano. Esta escolha fez sua carreira se tornar extremamente
irregular.