Direção – Marco Ricca
Elenco – Fúlvio Stefanini, Alice Braga, Daniel Hendler,
Eduardo Moscovis, Cássio Gabus Mendes, Otávio Muller, Via Negromonte, Cesar
Troncoso, Ana Braga, David Cardoso.
Na região do Pantanal, o pecuarista Miro (Fúlvio Stefanini)
comanda também um esquema de tráfico de drogas e está sendo pressionado por
investigações de agentes federais. Seu irmão Abílio (Otávio Muller) manda
assassinar um radialista (David Cardoso) que poderia denunciá-los, fato que
desagrada Miro. O assassinato foi cometido por Brito (Eduardo Moscovis), um
ex-policial calado que faz dupla com o falastrão Albano (Cássio Gabus Mendes) e
que trabalham para a família de traficantes. Ao mesmo tempo, a filha de Miro,
Elaine (Alice Braga) tem um caso com o piloto (Daniel Hendler) que transporta
as drogas do pai pela região. Miro acredita que possa se safar da justiça e
manter sua família unida desistindo do tráfico, porém ele não percebe que na
verdade comanda um castelo de areia prestes a ruir.
O longa marca a estreia do
ator Marco Ricca na direção, que se baseia num livro de Marçal Aquino para
contar uma trama de mentiras, violência e traições. Ricca já havia trabalhado
como ator em “O Invasor”, que também é baseado num livro de Aquino, que por
sinal escreveu o roteiro do longa, porém este “Cabeça a Prêmio” é bem mais
parecido com outra obra de Aquino que foi para as telas, o ótimo “Os Matadores” (leia resenha aqui) dirigido por Beto Brant, que por sinal é superior ao filme de Marco Ricca.
A
premissa é ótima, a história de decadência de uma família sustentada pelo
tráfico e de seus pares tinha tudo para render um grande filme, mas talvez a
inexperiência de Ricca na direção tenha pesado. O ritmo é irregular, algumas
passagens são lentas demais e outras desnecessárias, além disso, algumas
soluções incomodam.
A subtrama do caso de amor entre o matador Brito e a ex-prostituta
dona de bar vivida por Via Negromonte parece ter sido inserida no roteiro
apenas para mostrar duas ousadas cenas de sexo, mesmo com a sequência final do
longa tendo uma certa ligação com esta relação entre os dois personagens
marginais.
O elenco não compromete, considero que apenas o uruguaio Daniel
Hendler não convence, mas o que me deixou surpreso foi a forma de Fúlvio
Stefanini. Como não acompanho novelas, há muito tempo não via o veterano ator e
até me assustei com a enorme barriga do sujeito, que rapidamente me lembrou
Marlon Brando em final de carreira.
5 comentários:
Tá aí, não achei tão irregular. Na verdade, o filme até me surpreendeu e acho uma pena que Marco Ricca ainda não tenha emplacado o segundo filme. O que mais me incomodou nesse filme foi a fotografia, escura demais.
bjs
Gosto de O Invasor e tenho curiosidade de conhecer melhor o trabalho do Beto Brant. esse filme aí ainda é inédito pra mim.
Ola,ainda não assisti á este filme ,mas pela tua narração acredito que irei gostar.Já entrou para minha lista... Concordo contigo em achar nosso caro Fúlvio completamente fora de forma fisicamente,o que é de lastimar.Adorei tua visitinha.Meu grande abraço.SU
Amanda - Também vi potencial em Ricca, mas o filme não convenceu por completo.
B-Cine - Gosto do trabalho de Brant, principalmente seus três primeiros filmes que são dramas policiais.
Suzane - Fiquei assustado com a forma do ator, como citei, na hora lembrei de Marlon Brando no final da carreira.
Abraço a todos
esse filme é muito bom. beijos, pedrita
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