Mesmo não sendo grande fã do formato, assisti alguns longas e nesta postagem comento quatro filmes.
O Sangue de Romeu (Romeo Is
Bleeding, Estados Unidos / Inglaterra, 1993) – Nota 6,5
Direção – Peter Medak
Elenco – Gary Oldman, Lena Olin, Annabella Sciorra, Juliette Lewis, Roy
Scheider, Will Patton, Dennis Farina, Ron Perlman, David Proval, Will Patton,
Tony Sirico.
O longa começa com o
personagem Jack Grimaldi (Gary Oldman) trabalhando num posto de beira de
estrada. Logo, o personagem passa a narrar sua história e saberemos como ele
foi parar naquele local. Cinco anos antes, Jack era um policial ambicioso e
corrupto que fazia trabalhos para Máfia para poder bancar a esposa (Annabella
Sciorra) e a jovem amante (Juliette Lewis). Num destes trabalhos, Jack conhece
Mona (Lena Olin), que pertence a Máfia Russa e que o contrata para matar um
mafioso rival, Don Falcone (Roy Scheider). Lógico que as coisas não acontecem
como o esperado e a vida de Jack se transforma num inferno.
O diretor húngaro
Peter Medak (do interessante “Os Implacávei Krays”) bebe na fonte do noir pra
criar uma trama com todos os elementos do gênero: O protagonista não muito
honesto, as mulheres perigosas e os bandidos violentos, porém ele vai além, a
partir da metade o longa se transforma numa experiência radical recheada de
violência e sangue. A interpretação de Oldman é um dos pontos fortes do filme,
que por sua vez é indicado para o espectador que gosta histórias complexas e
violentas.
Eles Matam e Nós Limpamos (Curdled, EUA, 1996) – Nota 5
Direção –
Reb Braddock
Elenco –
William Baldwin, Angela Jones, Bruce Ramsay, Lois Chiles, Barry Corbin.
Quando criança, Gabriela (Angela Jones) viu um homem ser
assassinado em seu país, a Colômbia e ficou fascinada com o acontecido. Adulta
e morando nos EUA, ela coleciona recortes de jornal de crimes famosos,
principalmente do psicopata chamado “Sangue Azul” (William Baldwin), que seduz mulheres
ricas e depois as mata com diversas facadas. Gabriela querendo conhecer as
cenas dos crimes do assassino, consegue um emprego numa empresa que faz limpeza
nestes locais. Sua curiosidade levará ao encontro do assassino.
Este suspense
teve alguma fama na época do lançamento por ser uma produção de Quentin
Tarantino, que se baseia num curta feito pelo mesmo diretor cinco anos antes e
que também tinha Angela Jones (a taxista Esmeralda Villalobos de “Pulpi
Fiction”) no papel principal. Mesmo com Tarantino por trás do projeto e com
certeza dando pitacos no roteiro, principalmente em um cena que cita os Irmãos
Gecko, personagens de Tarantino e George Clooney em “Um Drink no Inferno”, o
longa não se sustenta. O diretor Reb Braddock tenta usar humor negro sem
sucesso, o ritmo é arrastado e o elenco fraco, inclusive o conhecido canastrão
William Baldwin.
Atração Mortal (Heathers, EUA, 1989) – Nota 6
Direção – Michael Lehmann
Elenco –
Winona Ryder, Christian Slater, Shannen Doherty, Lisanne Falk, Kim Walker,
Penelope Milford, Ione Skye
A adolescente Veronica (Winona Ryder) deseja ser aceita num
grupo de garotas conhecidas como “Heathers”. O grupo é formado por três belas
garotas (uma delas é Shannen Doherty antes de “Barrados no Baile”) que tratam
mal as outras meninas do colégio. Veronica acaba se aproximando de JD
(Christian Slater), um sujeito rebelde e numa brincadeira acabam matando por
acidente uma das Heathers. Para esconder o acidente, eles mudam a cena do crime,
deixando de uma forma como se a garota tivesse cometido suicídio. O acidente
detona uma espécie de gatilho assassino em JD, que sugere para Veronica matar
todas as pessoas de que ela não gosta, criando sempre uma cena de suicídio.
O
roteiro explora o humor negro da trama para criticar os jovens alienados da
época e consegue até certo ponto, cansando por se apoiar em apenas uma
situação. Com o passar do tempo, o filme ganhou ares de cult e consta que uma série pode sair do papel
ainda neste ano.
Diabólicos Sedutores (Something for Everyone, EUA, 1970) –
Nota 7
Direção –
Harold Prince
Elenco – Michael York, Angela Lansbury, Anthony
Higgins, Heidelinde Weis, Jane Carr.
O jovem Conrad Ludwig (Michael York) é contratado por uma
aristocrática família que está falida. Mesmo assim, o esperto Conrad vê a chance de
lucrar, utilizando seu charme para seduzir cada membro da família e assim tomar
o controle da situação. O rapaz utiliza o sexo como arma para ganhar a
confiança da condessa falida (Angela Lansbury), sua filha gordinha (Jane Carr)
e até do filho gay (Anthony Higgins, aqui assinando ainda como Anthony Corlan),
para em seguida aplicar o golpe final através de um casamento de fachada do
filho gay com uma garota rica, que por sinal também é sua amante.
O resultado é
um divertida comédia de humor negro em que o diretor não se preocupou nem um
pouco com a moral da época, inclusive com uma cena de beijo entre Michael York
e Anthony Higgins. O roteiro brinca com o tabu do sexo na época e dos costumes,
com a família falida tentando viver como se ainda tivesse dinheiro, representada
principalmente pela interpretação da veterana Angela Lansbury.
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