Direção – Oliver Stone
Elenco – Taylor Kitsch, Aaron Johnson, Blake Lively, Benicio
Del Toro, John Travolta, Salma Hayek, Demian Bichir, Emile Hirsch, Joaquin
Cosio, Antonio Jaramillo.
Em Laguna Beach na Califórnia, a dupla de amigos Chon
(Taylor Kitsch) e Ben (Aaron Johnson) comandam um lucrativo negócio de
distribuição de maconha. A dupla divide também o amor e a cama de Ophelia “O”
(Blake Lively). Chon é um ex-fuzileiro naval, enquanto Ben é um sujeito
pacífico que utiliza parte do dinheiro ganho em projetos sociais na África e na Ásia.
O dinheiro envolvido no negócio chama a atenção do Cartel de Baja, um
grupo de traficantes mexicanos liderados por Elena “La Reina” (Salma Hayek),
que está em guerra com o grupo de El Azul (Joaquin Cosio) e por isso deseja
expandir seus negócios para os Estados Unidos. O braço direito de Elena é o
violento Lado (Benicio Del Toro), que para forçar os amigos a aceitar um
acordo, sequestra a bela Ophelia. A princípio eles decidem aceitar a proposta
para manter Ophelia viva, porém sabem que precisam reagir para sobreviver, fato
que dará início a uma violenta guerra. No meio desta confusão está ainda Dennis
(John Travolta), um corrupto agente do FBI que aparentemente ajuda a dupla de
amigos nos negócios.
Depois de dois trabalhos interessantes, mas sem grandes
surpresas como “W” e “Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme”, o polêmico diretor
Oliver Stone volta a seu estilo habitual com uma visão violenta e assustadora
sobre os cartéis de drogas mexicanos. Todos sabem que a fronteira do México com
os Estados Unidos é um dos locais mais violentos do mundo atualmente, por causa
do tráfico de drogas, sem contar a questão dos imigrantes ilegais, tendo a
cidade de Tijuana como ponto principal desta situação.
Stone não poupa o
espectador da violência desmedida dos cartéis, que utilizam o terror para
destruir concorrentes ou quem quer que cruze seu caminho, aqui tendo como
contraponto uma dupla de traficantes que procura paz, mas que decide reagir
para salvar a mulher amada. O misto do realismo da violência do tráfico, com a
quase absurda história de amor, lembram o estilo que Stone utilizou em “Assassinos
por Natureza”, sendo que aqui o psicopata é o vilão vivido por Benicio Del
Toro, enquanto o trio da história de amor são quase como um grupo Robin Hood
moderno. Stone filma ainda duas cenas quentes de sexo protagonizadas pela
deliciosa Blake Lively, que por sinal também narra a história.
O filme perde um
pouco apenas na sequência final, no clímax entre os traficantes, que foge do
lugar comum criando uma solução totalmente cínica, mesmo assim o resultado é um
bom espetáculo, com uma narrativa original que tem a cara de Oliver Stone.
2 comentários:
O Oliver Stone é um bom diretor e eu gostei da forma visual como ele apresentou “Selvagens”. Entretanto, a previsibilidade da história e, principalmente, do seu ato final me incomodou muito. De todo jeito, o filme valeu a pena para vermos Benicio del Toro e Salma Hayek em atuações inspiradas, como há muito tempo não se via.
Kamila - O final decepciona um pouco, mas o filme no geral é bem interessante.
Abraço
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