Direção – David Lean
Elenco –
James Fox, Judy Davis, Victor Banerjee, Peggy Aschcroft, Alec Guinness, Nigel
Havers, Richard Wilson, Art Malik, Saeed Jaffrey, Roshan Seth.
Na década de 20, quando a Índia ainda era uma colônia
britânica, a jovem Adele (Judy Davis) e sua futura sogra Sra. Moore (Peggy
Aschcroft) seguem para o país onde Adele encontrará seu noivo Ronny (Nigel
Havers). Chegando na Índia, as duas mulheres fazem amizade com o administrador
do colégio inglês Mr. Fielding (James Fox), o professor Godbole (Alec Guinnes)
que defende a independência do país e também com o médico indiano Dr. Aziz
(Victor Banerjee).
A curiosidade em conhecer o interior do país, faz com que as
duas mulheres aceitem o convite de Aziz para visitar as Cavernas de Marabar.
Dentro de uma das cavernas, a Sra. Moore sente-se mal e desiste do passeio,
equanto isso Aziz e Adele continuam a visitação, porém pouco tempo depois Adele
volta correndo e acusa o médico de estupro. Aziz é preso e comos indianos
estavam lutando pela independência, o fato é usado politicamente e aumenta a
tensão entre indianos e ingleses.
Este drama histórico baseado num livro de E.
M. Foster foi o primeiro filme que assisti no cinema. Pode parecer estranho um
adolescente escolher um drama para ver no cinema, porém alguns fatos explicam a
história. Diferente dos dias atuais em que nas férias os cinemas são dominados
por filmes voltados para crianças e adolescentes, nos anos oitenta o único
“filme de férias” era a produção anual de “Os Trapalhões”.
Além disso, a
escolha deste filme foi quase aleatória. Eu e alguns amigos queríamos ir ao
cinema e compramos um jornal no dia anterior para ver os filmes em cartaz e
como era época do Oscar, resolvemos escolher um filme que estava concorrendo e
este “Passagem para Índia” tinha onze indicações. A temática era indiferente,
queríamos ir ao cinema.
Foi uma ótima experiência ver aquela tela gigante numa
sala enorme (diferente das pequenas salas atuais) e me marcou muito a cena em
que os personagens viajam de trem pelo interior da Índia, principalmente quando
o trem atravessa uma ponte sobre um desfiladeiro, uma belíssima cena.
Quanto ao
filme em si, descobri anos depois quem era David Lean e a história por trás
deste filme. O inglês Lean fez clássicos absolutos como “A Ponte do Rio Kway”,
“Lawrence da Arábia” e “Dr. Jivago”, entre outros, mas em 1970 após ver o ótimo
drama “A Filha de Ryan” ser massacrado pela crítica, ele se afastou do cinema
por catorze anos, voltando apenas em 1984 quando fez este que fora seu último
trabalho. Este hiato na carreira de Lean pode ser considerado uma perda tão
grande para o cinema como para ele mesmo.
Para quem gosta de drama histórico,
“Passagem para a Índia” é um ótimo longa ambientado num período turbulento do
país, que tem belíssimas imagens e um elenco de primeira qualidade, que por sinal rendeu o Oscar de Atriz Coadjuvante para Peggy
Aschcroft, que tinha 77 anos e se tornou a vencedora mais velha da história do
Oscar e de Melhor Trilha Sonora para Maurice Jarre.
5 comentários:
Vi esse filme na faculdade semestre passado... hahaha
Queria convidar você a dar uma olhada no meu blog e se gostar virar seguidor. Estarei seguindo seu blog o qual eu curti bastante. Há entre e comente vai ser uma honra.
http://cinema4x4.blogspot.com.br/
Lean foi um dos grandes diretores. Gosto desse filme também, mas não é um dos meus favoritos da cinematografia do diretor.
Abs.
Tenho uma dívida épica com a filmografia do David Lean, a maior parte dos filmes dele que eu assisti foram a bastante tempo e eu me lembro de poucas coisas deles, o mais recente foi "Dr Jivago", que eu gosto muito... "Passagem para a Índia" eu nunca vi.
http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/08/monty-python-em-busca-do-calice-sagrado.html
Marcelo - É um bom filme para ser analisado.
Rodrigo - Visitei seu blog mas não consegui comentar. Acredito que seja algum problema de configuração nos comentários do seu blog.
Celo - Considero um bom filme e ainda mais importante por ser seu último trabalho.
J. Bruno - Procure assistir, Lean fez uma bela carreira.
Abraço
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