Direção –
Chris Weitz
Elenco –
Nicole Kidman, Daniel Craig, Dakota Blue Richards, Ben Walker, Sam Elliott, Eva
Green, Tom Courtenay, Jim Carter, Christopher Lee e vozes de Freddie Highmore,
Ian McKellen, Ian McShane, Kristin Scott Thomas, Kathy Bates.
O sucesso da magnífica trilogia “Senhor dos Anéis” e da
franquia “Harry Potter”, abriu caminho para que diversos outros livros
infanto-juvenis fossem adaptados para o cinema, sempre com a esperança dos produtores
em obter sucesso para transformar em uma nova franquia. Na adaptação de “A
Bússola de Ouro” os produtores foram além, assistindo ao filme fica claro que
eles tinham certeza do sucesso e acabaram caindo cavalo em virtude
desta arrogância.
O longa se passa numa época em que cada pessoa vive com um
animal chamado de “daemon”, eles representam a alma da pessoa e a acompanham
por toda vida. Neste mundo, a órfã Lyra Belacqua (a boa atriz Dakota Blue
Richards) e seu daemon (voz do garoto Freddie Highmore de “A Fantástica Fábrica
de Chocolates”) vivem na Universidade de Oxford em Londres onde seu tio, Lord
Asriel (Daniel Craig) é professor. Asriel vive em conflito com um grupo chamado
“Magisterium” que seriam as autoridades, em virtude de um pó que afetaria as
crianças. Ao mesmo tempo, várias crianças desaparecem de Londres e a pequena
Lyra acaba sendo “emprestada” para Sra. Coulter (Nicole Kidman), enquanto seu
tio viaja para tentar descobrir mais sobre o tal pó.
Fica difícil escrever mais
sobre uma trama cheia de detalhes que acabou picotada por um péssimo roteiro,
que acelerou as situações sem dar muitas explicações, fazendo personagens pouco
aparecerem ou sumirem no meio do filme, como o Lord Asriel de Daniel Craig e a
bruxa interpretada pela bela Eva Green. Além disso, a interpretação de Nicole
Kidman é caricata, sem contar seu rosto cada vez mais estranho, provavelmente
em virtude de cirurgias plásticas, deixando no passado a beleza que atriz
apresentava no anos noventa.
Para piorar, o filme acaba no meio da
história, lembrando um pouco o que
George Lucas fez em “O Retorno de Jedi”, deixando o público esperando o próximo
capítulo, a diferença é que o filme de Lucas era uma sequência de uma
mega sucesso, enquanto este longa de Chris Weitz era apenas uma aposta que
naufragou merecidamente nos cinemas.
Para os fãs do livro, fica a decepção de
não poder ver a sequência da história no cinema, já que uma continuação foi
totalmente descartada.
4 comentários:
Foi uma grande pena a saga não ter ído adiante no cinema. Li todos os livros da série Fronteiras do Universo - estão entre os preferidos de fantasia. é uma saga extraordinária, muito corajosa, que toca em temas tabus.
A adaptação ao cinema ficou visualmente linda, mas perdeu muito da essência da obra.
Um dos pontos acertados no filme, perdidos pela não continuaçao - foi a escolha da atriz mirim. A menina está muito bem, é uma Lyra perfeita.
Pena mesmo...
abs
Lembro que me diverti quando o assisti, ainda que não tivesse achado grande divertimento, achei o file assistível.
Vi esse no cinema na época, e realmente tem vários problemas, mas fiquei curiosa e torcia para que tivesse a continuação, da mesma forma que torci pelo Último Mestre do Ar... Uma pena essas iniciativas que ficam no meio do caminho...
bjs
Ka - Não sou leitor das obras, mas deu para perceber claramente que a história tinha potencial, mas infelizmente foi picotada para uma sessão de duas horas e resultou num filme confuso.
Luís - A produção é ótima, mas o roteiro colocou tudo a perder.
Amanda - Como citei no texto, neste caso acredito que tenha sido arrogância dos produtores ter certeza do sucesso. Já "O Último Mestre do Ar" eu ainda não assisti para analisar.
Abraço a todos
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