Direção – Afonso Poyart
Elenco – Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini, Caco
Ciocler, Marat Descartes, Thaíde, Thogun, Neco Villa Lobos, Roberto Marchese,
Norival Rizzo, Robson Nunes, Aldine Muller, Djair Guilherme.
Existe vida nova no cinema brasileiro. Este divertido longa
do diretor estreante Afonso Poyart (que veio da publicidade e também é
produtor, montador e roteirista do longa) bebe na fonte dos filmes de Guy
Ritchie e nos diálogos divertidos de Tarantino, utilizando vários personagens
do submundo numa trama não linear, misturando humor, violência, animação,
cultura pop e uma ótima narração do protagonista Edgar (Fernando Alves Pinto),
sujeito que comanda toda a história.
Os personagens são a promotora de justiça
Julia (Alessandra Negrini) casada com Henrique (Neco Villa Lobos), um advogado
de porta de cadeia que defende o assaltante Maicon (Marat Descartes), que tem
como segurança o violento Bolinha (Thogun). Henrique tem ligação com um
deputado corrupto (Roberto Marchese), que por seu lado está ligado ao passado
de Edgar. Temos ainda um ladrão que se disfarça de motoboy (Thaíde) e o pai de
Edgar (Norival Rizzo) dono de um restaurante que tem como funcionário o calado
Walter (Caco Ciocler).
O inteligente roteiro liga todos os personagens numa
trama que faz ainda uma crítica a corrupção instalada no país, sem precisar
fazer panfletagem ou algo parecido.
A parte técnica é outro destaque, com uma
montagem dinâmica sem exageros e cenas de ação bem filmadas, inclusive algumas
explosões que não ficam a dever em comparação com os filmes americanos, além disso
o diretor explora bem o centro de São Paulo como cenário de vários sequências.
O elenco está perfeito, com Fernando Alves Pinto tendo um ótimo e merecido
papel principal, o rapper Thaíde como o escape cômico da trama e o ótimo e
pouco conhecido Marat Descartes brilhando como o violento Maicon. Marat já
havia feito um ótimo trabalho em “Os Inquilinos” de Sergio Bianchi.
O resultado
é um ótimo filme e uma grande e promissora estreia de Afonso Poyart, provando
que o cinema brasileiro pode produzir filmes comerciais de qualidade.
7 comentários:
Um belo filme mesmo, surpreendente com um ótimo roteiro e boas interpretações. E Hollywood já quer até refilmar, vamos ver se sai e como...
bjs
É um bom filme mesmo. Ponto para o cinema nacional em realizar uma obra relevante de ação.
Amanda - Não sabia deste interesse de Hollywood em refilmar. Como está faltando criatividade m Hollywood, ou talvez medo de arriscar.
Celo - Muito legal, tomara que apareçam outros filmes do gênero produzidos por aqui.
Abraço
2 coelhos é a prova que o cinema brasileiro também sabe fazer filmes de ação, além de promover a volta de Adine Müller que eu adoro.
Gilberto - Aldine Muller foi uma das musas da pornochanchada.
Abraço
Ta ai um filme nacional que me surpreendeu positivamente nesse ano. Achei bem legal mesmo e o seu sucesso já levou o estreante Poyert para hollywood.
Silvano - O diretor tem tudo para fazer uma ótima carreira. Aqui ele já mostrou talento.
Abraço
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