A Separação (Jodaeiye Nader az Simin, Irã, 2011) – Nota 9
Direção – Asghar Farhadi
Elenco – Peyman Moaadi, Leila Hatami, Sareh Bayat, Shahab
Hosseini, Sarina Farhadi, Babak Karimi, Kimia Hosseini, Ali Asghar Shahbazi.
Em Teerã, a professora Simin (Leila Hatami) e o bancário
Nader (Peymar Moaadi) formam um casal à beira do divórcio. Enquanto ela deseja
ir para o exterior, ele não quer abandonar o pai (Ali Asghar Shahbazi) que
sofre do Mal de Alzheimer. O impasse aumenta com a posição da filha (Sarina Farhadi)
que não quer sair do país e também não deseja a separação dos pais.
Simin
decide se mudar para a casa dos pais enquanto não resolve a situação, fato que
obriga Nader a contratar uma cuidadora para seu pai. Nader escolhe Razieh
(Sareh Bayat), mulher religiosa de família pobre que leva para o trabalho a
filha pequena (Kimia Hosseini) e que não conta para o marido (Shahab Hosseini) que
está trabalhando. Um determinado fato, somado a algumas pequenas mentiras, cria
um conflito que mudará a vida das duas famílias.
Este belíssimo longa vencedor do
Oscar de Filme Estrangeiro confirmou o talento do diretor Asghar Farhadi (do
também ótimo “Procurando Elly”) em expor os problemas e preconceitos da
sociedade iraniana na atualidade, onde a modernidade da classe média é o oposto
do fundamentalismo religioso forte entre os pobres.
A separação do casal é o
gatilho de uma série de acontecimentos que misturam mentiras, hipocrisia,
religião, família e diferenças sociais, numa espécie de variação da teoria do
caos.
O resultado é um ótimo drama sobre pessoas comuns que colocam o orgulho
acima da razão.
5 comentários:
Sólido drama. As ações de alguns personagens chegam a causar desespero no espectador. Que gente teimosa e, como você bem notou, orgulhosa!
Cumps.
esse filme é excelente. muito atual. beijos, pedrita
Gustavo - É uma história que incomoda.
Pedrita - Belo drama.
Abraço
Ainda me perturba aquela cena final, um excelente filme mesmo.
bjs
Amanda - A cena final é praticamente uma volta ao início do filme, mostrando como toda aquela disputa foi absurda.
Bjos
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