Nesta postagem comento dois filmes produzidos com vinte anos de diferença, mas que guardam semelhanças ao contar histórias reais sobre crimes e escândalos no mundo dos milionários.
Entre Segredos e Mentiras (All Good Things, EUA, 2010) –
Nota 7
Direção –
Andrew Jarecki
Elenco –
Ryan Gosling, Kirsten Dunst, Frank Langella, Lily Rabe, Philip Baker Hall,
Michael Esper, Diane Venora, Nick Offerman, Kristen Wiig.
Em 1971, o jovem David Marks (Ryan Gosling) é o filho mais
velho e herdeiro do poderoso especulador imobiliário Sanford Marks (Frank
Langella). Diferente do pai, David deseja ter uma vida livre, sem preocupações
com a administração da empresa, fato que cria sério conflito entre os dois.
A situação piora quando David conhece a bela jovem Katie (Kirsten Dunst), por quem se apaixona, decide se casar e juntos montam uma pequena loja de produtos naturais. O pai aparentemente aceita a situação, mas sua influência faz com que David se veja obrigado a trabalhar na empresa do pai. O desgosto do rapaz pela decisão, junto com alguns traumas do passado, transformam o casamento em um inferno para Katie, situação que termina em tragédia.
A situação piora quando David conhece a bela jovem Katie (Kirsten Dunst), por quem se apaixona, decide se casar e juntos montam uma pequena loja de produtos naturais. O pai aparentemente aceita a situação, mas sua influência faz com que David se veja obrigado a trabalhar na empresa do pai. O desgosto do rapaz pela decisão, junto com alguns traumas do passado, transformam o casamento em um inferno para Katie, situação que termina em tragédia.
Baseado numa sórdida história real, o
longa cobre um período de vinte e dois anos na vida da família Marks,
desvendando aos poucos os segredos e as mentiras que faziam parte do cotidiano
daquelas pessoas.
A parte final que se passa após o ano 2000 é tão absurda que
se fosse um filme de ficção o roteirista nunca mais conseguiria emprego. É uma
situação ridícula, quase surreal, que não agradou ao
público e ajudou no fracasso na bilheteria, mesmo sendo algo real.
O destaque principal é o bom elenco, onde praticamente todos os
personagens apresentam algum desvio de caráter.
O Reverso da Fortuna (Reversal of Fortune, EUA, 1990) – Nota
7,5
Direção –
Barbet Schroeder
Elenco –
Glenn Close, Jeremy Irons, Ron Silver, Annabella Sciorra, Uta Hagen, Fisher
Stevens, Jack Gilpin, Christine Baranski, Felicity Huffman, Julie Hagerty.
Em 1979, a milionária Sunny Von Bullow (Glenn Close)
entra em coma irreversível e seu marido Claus (Jeremy Irons) é acusado pelo
crime com a alegação da promotoria dele ter injetado uma exagerada dose de insulina na
esposa.
O caso rapidamente se torna a notícia principal do país e para se
defender, Claus contrata o famoso advogado Alan Dershowitz (Ron Silver).
Praticamente condenado por parte da mídia, que vê a culpa no jeito aristocrata e
arrogante de Claus, sem contar que para muitos seu casamento foi um golpe, já
que o dinheiro era da esposa, o talento de Dershowitz se torna seu único trunfo
para provar sua inocência.
Este ótimo drama baseado numa história real, tem
como ponto principal o roteiro que em momento algum confirma se Claus Von
Bullow é ou não o culpado, situação reforçada pela grande atuação de Jeremy
Irons, que venceu o Oscar criando um personagem dúbio, que em alguns momentos
parece ser o culpado, principalmente nos diálogos irônicos e na narração, enquanto em outros mostra
total devoção à esposa.
Este é com certeza o melhor filme do iraniano Barbet
Schroeder em Hollywood.
6 comentários:
Engraçado........hoje li uma crítica da revista da 2001 vídeo elogiando o filme Segredos e Mentiras.
A sinopse realmente tinha me atraído. Agora fiquei na dúvida.
Estou para ver o filme com Ryan Gosling há bastante tempo. E com essa menção ao final, fiquei ainda mais curioso.
Quanto ao Reverso da Fortuna, belíssimo. Para mim, um clássico.
Filmes como O Reverso da Fortuna tem fator replay alto. Porque não se esgotam já na primeira assistida. O mistério não é facilmente solucionado - isso se houver solução.
Renato - O filme não é ruim, considero mediando.
O absurdo que citei é a própria parte final da trama. O que aconteceu na vida real é no mínimo ridículo, mas precisava ser contado.
Kleiton - É uma bela atuação de Jeremy Irons.
Gustavo - É daqueles filmes que valem uma segunda sessão.
Abraço
Ryan Gosling está muito bem no papel, e realmente a parte final é absurda, apesar de ter acontecido, fica quase inverossímel. Ainda assim acho que foi subestimado, acho um bom filme.
O Reverso da Fortuna, infelizmente, ainda não vi.
bjs
Amanda - Esta parte final contribuiu para as críticas ruins, mesmo sendo verdadeira.
Bjos
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