sábado, 4 de janeiro de 2025

Minha Obra-Prima

 


Minha Obra-Prima (Mi Obra Maestra, Argentina / Espanha, 2018) – Nota 7,5
Direção – Gaston Duprat
Elenco – Guillermo Francella, Luis Brandoni, Raul Arévalo, Andrea Frigerio.

Arturo (Guillermo Francella) é o dono de uma galeria de arte em Buenos Aires. Renzo (Luis Brandoni) é um excêntrico pintor que não vende sequer uma obra há anos. As diferenças não impedem a amizade que existe entre eles. Com os dois precisando de dinheiro, um fato inesperado dá oportunidade para colocar em prática em plano que poderá resolver seus problemas financeiros. 

Esta co-produção argentina e espanhola é uma divertida comédia que tira sarro dos absurdos do mercado de arte contemporânea, em que milionários entediados compram obras com valores altíssimos de artistas cínicos. A dupla de protagonistas são as duas faces da mesma moeda. Mesmo com objetivos diferentes a princípio, os dois desprezam os compradores de arte e os apreciadores. 

No meio da trama surge ainda o personagem do aspirante a pintor vivido pelo espanhol Raul Arévalo, que é um retrato desta bolha do mundo da arte e que terá um papel importante no final da trama. Destaque para as atuações cínicas dos ótimos Guillermo Francella e Luis Brandoni.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Morrer Sozinho

 


Morrer Sozinho (Die Alone, Canadá /EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Lowell Dean
Elenco – Carrie Anne Moss, Douglas Smith, Frank Grillo, Kimberly Sue Murray.

Um jovem com amnésia (Douglas Smith) acorda após um acidente de automóvel e inicia uma busca desesperada por sua namorada (Kimberly Sue Murray). Em paralelo, o espectador descobre que ocorreu uma espécie de apocalipse causado por um vírus que dizimou grande parte da população. 

Esta criativa produção B que mistura terror, suspense e ficção vai entregando pistas do que realmente está acontecendo em meio a sequências de violência. A falta de grana é compensada pelo ritmo ágil, pela ação e a própria história que esconde uma curiosa surpresa. Carrie Anne Moss tem um papel importante, enquanto Frank Grillo aparece pouco, porém também em sequências que explicam muita coisa na história.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

The Thicket

 


The Thicket (The Thicket, EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Elliott Lester
Elenco – Peter Dinklage, Juliette Lewis, Esme Creed Miles, Levon Hawke, Gbenga Akinnagbe, Macon Blair, James Hetfield, Arliss Howard, Leslie Grace, Ned Dennehy, David Midthunder.

Texas, século XIX. Uma quadrilha liderada por Billy (Juliette Lewis) sequestra Lula (Esme Creed Miles) e deixa vivo seu irmão Jack (Levon Hawke). Obcecado em resgatar a irmã, Jack consegue ajuda ao cruzar o caminho do pistoleiro Jones (Peter Dinklage) e de seu parceiro Hollow (Gbenga Akinnagbe). 

Este western ao mesmo tempo que explora a clássica história de caçada e vingança, também entrega uma estranha narrativa com clima de tragédia. Ele se passa no inverno em meio ao frio e a neve, bem diferente dos westerns ensolarados. 

Os personagens parecem mais saídos de um filme de terror, como a psicopata vivida por Juliette Lewis e outros bandidos sujos e bizarros. O filme tem algumas boas sequências de ação e ainda a curiosidade de ver James Hetfield, o vocalista da banda Metallica interpretando um caçador de recompensas.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Planeta dos Macacos: O Reinado

 


Planeta dos Macacos:O Reinado (Kingdom of the Planet of the Apes, EUA / Austrália, 2024) – Nota 6
Direção – Wes Ball
Elenco – Owen Teague, Freya Allen, Kevin Durant, Peter Macon, William H. Macy.

Após a ótima trilogia que se encaixou perfeitamente com a premissa do clássico de 1968, os produtores decidiram reiniciar a franquia com este longa que se passa no futuro mostrando uma sociedade dominada pelos macacos. Seria basicamente o mesmo período em que o astronauta vivido por Charlton Heston no original descobriu o que aconteceu na Terra. 

O grande problema deste novo filme é não trazer nada de original, reciclando a ideia da guerra entre os povos e colocando clãs de macacos em conflito. A ânsia em atingir a nova geração levou os produtores e o diretor a focar tudo nas fantásticas sequências digitais, com um apuro visual perfeito, porém sem a alma que falta para um bom filme. 

A ideia de colocar como praticamente única humana com importância na história a inexpressiva Freya Allen também não ajuda, sendo outra escolha para agradar a geração atual. É mais um filme muito bem produzido, porém com conteúdo raso, bastante inferior em comparação as obras anteriores.