O Homem da Meia-Noite (Midnight Man, EUA, 1974) – Nota 6,5
Direção – Burt Lancaster & Roland Kibbee
Elenco – Burt Lancaster, Susan Clark, Cameron Mitchell, Morgan Woodward, Harris Yulin, Ed Lauter, Catherine Bach.
Jim Slade (Burt Lancaster) é um ex-policial que cumpriu pena e que tenta retomar a vida como segurança em uma universidade. Quando uma aluna é assassinada e um sujeito é acusado de forma injusta, Jim decide investigar o caso em paralelo, mesmo correndo o perigo de violar sua condicional.
Este drama policial dirigido pelo astro Burt Lancaster em parceria com o roteirista Roland Kibbee começa de uma forma interessante ao colocar o protagonista utilizando sua experiência para investigar o crime em que vários personagens são suspeitos.
O problema é que nos últimos quinze minutos o roteiro tem explicar a trama de uma forma didática, com a falta de um clímax. O filme tem ainda algumas sequências de violência que eram competentes para a época e uma boa interpretação de Burt Lancaster.
Sangue Selvagem (Wise Blood, EUA, 1979) – Nota 6Direção – John Huston
Elenco – Brad Dourif, John Huston, Dan Shor, Harry Dean Stanton, Amy Wright, Ned Beatty, William Hickey.
Hazel Motes (Brad Dourif) é um veterano do exército que não acredita em Cristo, mas que ao conhecer um pastor de rua (Harry Dean Stanton) e sua filha (Amy Wright), aos poucos descobre seu dom para pregar. Mesmo com crenças contraditórias, ele decide criar uma igreja sem a imagem do Cristo crucificado, tendo a princípio como seguidor somente o jovem Enoch (Dan Shor).
Este esquecido longa dirigido pelo grande John Huston tem o mesmo estilo do superior “Cidade das Ilusões”, tendo como locação uma cidade decadente com personagens que beiram a marginalidade.
A ideia de fazer uma crítica contra quem usa a religião para se aproveitar de pessoas simples funciona até certo ponto, principalmente pelas atuações de Harry Dean Stanton e de Ned Beatty, este último que aparece no meio da trama como um pastor picareta.
A estética da produção e o figurino com cara dos anos cinquenta não ajudam, assim como o próprio roteiro que parece patinar entre contar uma história ou fazer uma crítica social.
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