quarta-feira, 14 de abril de 2021

As Confissões & A Tortura do Silêncio

 


As Confissões (Le Confessioni, Itália / França, 2016) – Nota 7
Direção – Roberto Ando
Elenco – Toni Servillo, Daniel Auteuil, Pierfrancesco Favino, Mortiz Bleitbreu, Connie Nielsen, Marie Josée Croze, Lambert Wilson, Richard Sammel, Johan Heldenberg, Togo Igawa, Aleksey Guskov, Stephanie Freiss, John Keogh, Andy de la Tour, Julian Ovenden, Giulia Ando.

Ministros das finanças dos oito países mais ricos do mundo se encontram em um hotel de luxo na Alemanha para decidirem em parceria com o diretor geral do FMI (Daniel Auteuil) mudanças que impactariam diretamente na economia de países mais pobres. 

A reunião com cara de conspiração fica ainda mais tensa quando o diretor do FMI é encontrado morto em seu quarto após conversar com um monge italiano (Toni Servillo), que estranhamente fora convidado para o evento pela vítima. O medo do demais integrantes da reunião é que o monge saiba algo que não pode chegar ao público. 

Este longa escrito e dirigido pelo italiano Roberto Ando interliga os polêmicos temas da religião e da política em meio a uma trama que brinca com reuniões secretas entre poderosos ao estilo do “Grupo Bilderberg”. 

Tratados como lenda até anos atrás, hoje é comprovado que estes encontros existem e de onde nascem ideias que realmente impactam a vida global. A sacada de Ando foi inserir o personagem do monge que se sente protegido pelo “sigilo da confissão”. 

É um filme interessante, que tem ainda como destaque o ótimo elenco internacional.

A Tortura do Silêncio (I Confess, EUA, 1953) – Nota 7,5
Direção – Alfred Hitchcock
Elenco – Montgomery Clift, Anne Baxter, Karl Marlden, Brian Aherne, O.E. Hasse, Dolly Haas

O padre Michael Logan (Montgomery Clift) é totalmente dedicado a Igreja e a sua fé, acreditando no perdão. Ao ouvir uma confissão de um assassino e se negar a quebra o voto de silêncio religioso, Logan se torna também suspeito aos olhos do detetive Larrue (Karl Marlden), enquanto encontra apoio em Ruth (Anne Baxter), que fora sua paixão antes de se tornar padre. 

Nesta mistura de drama e policial, Hitchcock explora a eterna disputa entre razão e fé, colocando o protagonista em um verdadeiro beco sem saída, tendo de decidir entre abdicar de tudo que acredita para fazer justiça ou destruir sua reputação para defender sua fé. 

Tudo fica ainda mais tenso pela pressão exercida de um lado pelo detetive e do outro pelo assassino vivido pelo sinistro O.E. Hasse. Destaque também para a atormentada atuação de Montogmery Clift, grande ator que faleceu cedo demais.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

"a tortura do silêncio" minha tia querida falava muito.
Um dia consegui ver, nem lembro como .
Mas lembro da história.
Bjs,

Hugo disse...

Liliane - Este filme fez sucesso por aqui na época muito pelo tema ligado a religião católica.

Bjs