Os Bad Boys
(Bad Boys, EUA, 1995) – Nota 7,5
Direção –
Michael Bay
Elenco –
Martin Lawrence, Will Smith, Tea Leoni, Tcheky Karyo, Theresa Randle, Joe
Pantoliano, Marg Helgenberger, Nestor Serrano, Julio Oscar Mechoso, Michael
Imperioli, Saverio Guerra, Shaun Toub, Kevin Corrigan.
Em Miami, a
dupla de detetives Marcus Burnett (Martin Lawrence) e Mike Lowrey (Will Smith)
tem pouco tempo para recuperar uma carga de heroína que foi roubada dentro da
delegacia.
A única pista do paradeiro da mercadoria vem de uma garota de
programa (Tea Leoni). Em meio a crise, a dupla de policiais e seu chefe (Joe
Pantoliano) ainda precisam lidar com uma detetive dos assuntos internos (Marg
Helgenberger).
Este longa policial segue a cartilha dos filmes do gênero dos
anos oitenta e noventa ao colocar como parceiros policiais com personalidades distintas,
que se completam. O personagem de Martin Lawrence é casado e precisa se
equilibrar entre carreira e família, enquanto o de Will Smith é um solteiro
mulherengo que gosta de arriscar tudo nas investigações.
Temos ainda um ótimo
vilão vivido pelo francês Tcheky Karyo e uma impagável dupla de policiais
latinos (Nestor Serrano e Julio Oscar Mechoso). Esta mistura rende diálogos
divertidos e sequências de ações explosivas comandadas por um estreante Michael
Bay, que até então era um diretor de videoclipes.
O estilo agitado de Bay ainda
não havia chegado ao exagero de filmes posteriores, sendo um ponto positivo nas
cenas de ação. A marcante trilha sonora e a bela fotografia são outros pontos
altos.
O filme também é um marco por ser a então retomada do sucesso da dupla
de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer, que depois de “Um Tira
da Pesada I e II” e “Top Gun” estavam em baixa em Hollywood. Este longa foi o inicio
de uma série de sucessos de bilheteria que transformaram Bruckheimer em astro
fora das telas. Por outro lado, Don Simpson não teve tempo para aproveitar. Ele
faleceu de overdose em 1996.
Bad Boys II
(Bad Boys II, EUA, 2003) – Nota 6,5
Direção –
Michael Bay
Elenco –
Martin Lawrence, Will Smith, Jordi Molla, Gabrielle Union, Peter Stormare,
Theresa Randle, Joe Pantoliano, Michael Shannon, Jon Seda, Yul Vazquez, Jason
Manuel Olazabal, Otto Sanchez, Henry Rollins.
Nesta
sequência, os detetives Marcus (Martin Lawrence) e Mike (Will Smith) participam
de uma força-tarefa que investiga o chefão cubano Johnny Tapia (Jordi Molla) que tenta dominar o mercado de drogas em Miami, principalmente a venda de
ecstasy. Enquanto a dupla tenta chegar ao criminoso, Mike se envolve com a irmã de
Marcus (Gabrielle Union).
Quando comandou este longa, o diretor Michael Bay
vinha de uma sequência de sucessos que catapultaram sua carreira. A cada filme,
Bay aumentava o exagero na sequências de ação e na quantidade absurda de cortes,
tendo chegado ao auge de tudo isso neste filme.
Muito da comédia e do bom humor
do primeiro filme se perde nesta sequência, que é longa na duração e que
termina com um explosivo terceiro ato em Cuba. O resultado é muito barulho para
pouco conteúdo.
Bad Boys Para Sempre (Bad Boys For Life, EUA, 2020) – Nota 6
Direção – Adil El Arbi & Bilall Fallah
Elenco – Will Smith, Martin Lawrence, Paola Nuñez, Joe
Pantoliano, Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig, Charles Melton, Kate Del
Castillo, Jacob Scipio, Nicky Jam, Theresa Randle, DJ Khaled, Happy Anderson.
Após ser avô e prestes a se aposentar, o detetive Marcus
Burnett (Martin Lawrence) muda de ideia depois que seu parceiro Mike Lowrey (Will
Smith) sobrevive a uma tentativa de assassinato. O criminoso (Jacob Scipio)
estava a serviço de sua mãe (Kate Del Castillo), uma perigosa assassina que fugiu
da cadeia e que deseja vingança contra Lowrey.
Depois de dezessete anos do
longa anterior, esta sequência chega com o objetivo de criar ou recriar uma
franquia, deixando um ganho enorme para uma nova continuação. Isto seria até
interessante se o roteiro fosse bom, mas pelo contrário, a história é apenas
uma desculpa para as cenas de ação intercaladas com piadas sem graça e um final
que beira o piegas.
Até mesmo a química entre a dupla principal pouco funciona,
principalmente pela fraca atuação de Martin Lawrence e também por um Will Smith
trabalhando no piloto-automático. O grupo de policiais jovens que se une a
dupla faz lembrar o estilo da franquia “Velozes e Furiosos”, algo que
os produtores podem ter pensado para seguir o mesmo estilo.
Eu ainda prefiro o
primeiro filme. Os dois seguintes são dispensáveis.