sexta-feira, 1 de julho de 2016

Bud Spencer & Terence Hill

Carlo Pedersoli e Mario Girotti formaram uma das duplas mais famosas do cinema nos anos setenta. Com as alcunhas de Bud Spencer e Terence Hill, estes italianos divertiram plateias no mundo inteiro em mais de quinze filmes

Nesta semana, o cinema se despediu de Bud Spencer, que estava com oitenta e oito anos.

Para os cinéfilos que viveram os anos setenta e oitenta, os filmes da dupla fazem parte da memória afetiva ao lado de Jerry Lewis, Os Trapalhões, Os Três Patetas e os vários longas sobre máquinas voadoras e corridas malucas.

Nesta postagem comento quatro filmes da dupla e um solo de Terence Hill.

Trinity é o Meu Nome (Lo Chiamavano Trinita, Itália, 1970) – Nota 7,5
Direção – E. B. Clucher (Enzo Barboni)
Elenco – Terence Hill, Bud Spencer, Farley Granger.

O pistoleiro Trinity (Terence Hill) vaga pelo deserto com seu cavalo arrastando uma cama índia (uma espécie de padiola). Ao chegar em uma pequena cidade, encontra seu irmão Bambino (Bud Spencer) que diz ser o xerife. Surpreso com a notícia, por saber que o irmão também é um fora da lei, Trinity descobre que o irmão tomou o cargo após a morte do verdadeiro xerife. Mesmo se odiando, os irmãos são obrigados a se unir para enfrentar um violento fazendeiro (Farley Granger de “Festim Diabólico”) que deseja roubar as terras de um grupo de colonos mórmons. 

O grande sucesso de bilheteria se deve a química entre Terence Hill e Bud Spencer, que transformaram a seriedade comum do gênero em uma comédia repleta de socos e tiros. Os personagem são verdadeiros anti-heróis, parecem hippies que vagam sujos e maltrapilhos pelo oeste.

Trinity Ainda é Meu Nome (Continuavano a Chiamarlo Trinita, Itália, 1971) – Nota 7
Direção – E. B. Clucher (Enzo Barboni)
Elenco – Terence Hill, Bud Spencer, Harry Carey Jr, Jessica Dublin.

Após os acontecimentos do filme anterior, os irmãos Trinity (Terence Hill) e Bambino (Bud Spencer) visitam a casa dos pais, antes de partirem para um pequeno povoado onde são confundidos com agentes federais. Aproveitando a situação, a dupla tenta roubar uma fortuna de contrabandistas que agem na região. O estilo é o mesmo do longa anterior, com várias cenas de brigas, piadas e até um envolvimento romântico de Trinity com uma jovem. O longa foi outro sucesso de bilheteria. 

Eu,Você, Ele e os Outros (Non C'e Due Senza Quattro, Itália, 1984) – Nota 6,5
Direção – E. B. Clucher (Enzo Barboni)
Elenco - Bud Spencer, Terence Hill.

Dois sujeitos que não se conhecem são contratados para um serviço fora do comum. Greg (Bud Spencer) e Eliot (Terence Hill) receberão uma grana alta para substituírem dois milionários que estão sendo ameaçados. A incrível semelhança faz com que a dupla se torne alvo dos bandidos. 

Filmado totalmente no Rio de Janeiro, o longa foca na comédia de erros, criando situações engraçadas utilizando a troca de identidades, além das habituais sequências de ação que eram especialidade da dupla de astros. 

Para lançamento do filme e também pela fama que Bud Spencer e Terence Hill tinham no Brasil, eles chegaram a participar do programa dos Trapalhões na época. Como informação pessoal, este foi um dos primeiros filmes que assisti no cinema.

Os Dois Super Tiras em Miami (Miami Supercops, Itália, 1985) – Nota 5,5
Direção – Bruno Corbucci
Elenco – Bud Spencer, Terence Hill, Chief S. B. Seay.

Um agente do FBI (Terence Hill) convida seu parceiro que está aposentado (Bud Spencer) para novamente investigar um crime que ocorreu há sete anos e que eles não conseguiram solucionar. Após surgirem novas pistas, o objetivo é recuperar os vinte milhões que foram roubados. 

O estilo de humor da dupla já demonstrava desgaste neste filme, que sofre pelas piadas fracas e cenas de ação ruins. O filme fracassou e marcou o último trabalho da dupla que chamou atenção do mercado internacional. Eles voltaram a atuar juntos apenas em um filme batizado por aqui como “A Volta de Trinity” em 1994, mas que não tinha ligação alguma com os longas dos anos setenta. A partir daí, eles seguiram carreiras separadas, com Bud Spencer protagonizando a série “Big Man” ou “Extra Large”, que teve temporadas na Itália e nos Estados Unidos, enquanto Terence Hill continua na ativa com a série italiana “Don Matteo”.

Um Osso Duro de Roer (Renegade, Itália, 1987) – Nota 6
Direção – E. B. Clucher (Enzo Barboni)
Elenco – Terence Hill, Ross Hill, Robert Vaughn.

Luke (Terence Hill) é um pistoleiro que viaja pelo oeste americano sem destino certo. Ao chegar em uma cidade e descobrir que um velho amigo está preso, ele recebe uma proposta. Tomar conta da propriedade do sujeito e do filho dele também (Ross Hill), para evitar que suas terras sejam roubadas por um fazendeiro (Robert Vaughn). 

Sem o parceiro Bud Spencer, Terence Hill tentou retomar o estilo dos westerns spaghetti dos anos setenta com este razoável longa. As brigas e os tiroteios ocorrem normalmente, a diferença fica para a difícil relação do protagonista com o garoto, que é interpretado por Ross Hill, filho de Terence Hill na vida real. O filme fez algum sucesso no mercado de vídeo na época.

6 comentários:

Liliane de Paula disse...

Só vi o primeiro.

Marcelo Keiser disse...

Eu curti muito essa dupla nos anos 90. Assisti a todos os filmes deles, onde dificilmente conseguiria dizer o qual deles eu mais gostava. Os faroestes eram os mais divertidos para mim.

abraço

Pedrita disse...

clássicos da sessão da tarde. o vídeo show mostrou uns trapalhões que receberam os dois. o bud spencer trabalhou no consulado em recife por vários anos. beijos, pedrita

Hugo disse...

Liliane - O primeiro foi o que mais vezes passou na tv aberta.

Marcelo - Era um estilo de comédia simples, bem diferente do besteirol dos dias atuais.

Pedrita - Bud Spencer teve esta grande ligação com o Brasil e a dupla tinha uma legião de fãs por aqui nos anos oitenta.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Lembro das sessões da tarde, mas confesso que precisaria rever para saber o que acho de fato dos filmes hoje, rs. Memória afetiva nos engana. Mas, bela homenagem a Bud Spencer.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Além da homenagem, a postagem é resultado da memória afetiva, com certeza.

Bjos