Whisky (Whisky, Uruguai / Argentina / Alemanha / Espanha,
2004) – Nota 7,5
Direção – Juan Pablo Rebella & Pablo Stoll
Elenco – André Pazos, Mirella Pascual, Jorge Bolani.
Jacobo (André Pazos) é um homem de meia idade, solteiro,
dono de uma decadente fábrica de meias em Montevidéu. Após um ano da morte de
sua mãe, Jacobo participará de uma pequena homenagem no cemitério, com a
colocação de uma lápide sobre o túmulo. Ele está à espera de seu irmão Herman
(Jorge Bolani) que mora no Brasil e que não o visita há anos. Para tentar
esconder sua triste vida, Jacobo faz um acordo com Marta (Mirella Pascual), sua
funcionária. Eles fingirão estarem casados enquanto Herman estiver no país.
Este
triste drama sobre pessoas comuns pode ser considerado um espelho do próprio
Uruguai, um país pequeno onde o novo e o antigo se confundem. Aqui vemos o
aeroporto moderno e as pessoas utilizando celulares, ao mesmo tempo em que boa parte da história se
passa em um bairro cheio de construções e comércios que parecem terem
parado nos anos setenta.
O antigo também é Jacobo, que por acomodação e teimosia
deixa de viver. Ele não demonstra felicidade, parece apenas estar passando pela
vida através de seguidos dias repetitivos e monótonos. O novo é Herman, que
deixou o Uruguai e a falta de perspectivas para fazer sua vida no Brasil. Marta é o meio
termo na história. Ela leva uma vida simples e solitária, mas demonstra em
pequenos gestos a vontade de mudar.
É interessante perceber que Jacobo
demonstra sentimentos apenas em dois momentos ligados a disputas em jogos. Durante uma partida de futebol e na disputa de um jogo de mesa com o irmão quando o trio faz uma viagem à
decadente cidade litorânea de Piriápolis.
Como informação, o “whisky” do título
se refere a palavra utilizada no Uruguai para tirar um sorriso das pessoas quando elas se preparam para serem
fotografadas.
2 comentários:
É bem simples e monótono, mas eu adoro esse filme!
Marília - Eu gosto de tipo de filme com personagens e histórias simples.
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