O Documento Holcroft (The Holcroft Covenant, Inglaterra / EUA,
1985) – Nota 7
Direção – John Frankenheimer
Elenco – Michael Caine, Anthony Andrews, Victoria Tennant,
Lilli Palmer, Michael Lonsdale, Mario Adorf.
Baseado num best seller de Robert Ludlum, autor da “Trilogia
Bourne”, a trama tem como protagonista o arquiteto Noel Holcroft (Michael
Caine), que após a morte do pai, descobre ter como herança uma fortuna em
bancos suíços junto com outras duas pessoas, sendo que os três são filhos de
generais nazistas que conspiraram contra Hitler e fizeram um pacto para suas
famílias ficarem com o dinheiro roubado do Terceiro Reich. Para receber a herança,
que está em nome de uma fundação que terá de administrar, Holcroft é obrigado a
localizar os outros dois herdeiros. Assim que inicia a busca, ele passa a ser
perseguido por estranhos que sabem da fortuna.
A complexa trama que passa por
vários países era especialidade do falecido escritor Ludlum, como a citada
série Bourne e o esquecido “O Casal Osterman” de Sam Peckinpah. Filmes mais
novos como “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios” tem o mesmo estilo. Muito
provavelmente o escritor Dan Brown utilizou os livros de Ludlum como fonte de
pesquisa para suas obras.
Os pontos altos deste “O Documento Holcroft” são o
bom ritmo da narrativa, as interessantes cenas de suspense, a direção firme de
John Frankenheimer e o sempre competente Michael Caine como o protagonista.
É um
bom filme de suspense hoje praticamente esquecido.
The Whistle Blower (The Whistle Blower, Inglaterra, 1986) –
Nota 6
Direção – Simon Langton
Elenco – Michael Caine, James Fox, Nigel Havers, John
Gielgud, Felicity Dean, Barry Foster, Gordon Jackson.
Frank Jones (Michael Caine) é um veterano da marinha inglesa
que fica preocupado após visitar o filho Bob (Nigel Havers), que é especialista
em línguas, principalmente em russo. Bob trabalha em um órgão do governo
responsável por monitorar atividades russas pela Europa. O trabalho de Bob é
traduzir mensagens interceptadas pelo serviço de espionagem. Desmotivado com o
trabalho, principalmente com os superiores que obrigam os funcionários a
espionarem uns aos outros, ele pensa em pedir demissão, sem saber que está
sendo alvo de uma investigação interna.
Produzido nos anos oitenta, quando a
Guerra Fria estava nos últimos dias, este longa tem todo o estilo das produções
do gênero dos anos sessenta. O que a princípio poderia ser interessante, se
perde na narrativa fria e irregular, na trama confusa e na falta de cenas de
ação ou suspense, inclusive sem um clímax.
O destaque fica para Michael Caine, competente no papel do sujeito que demonstra lealdade ao país, mas que
descobre da pior forma possível toda sujeira dos bastidores do poder.
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