Seita de Fanáticos (Split
Image Canadá / EUA, 1982) – Nota 7
Direção – Ted Kotcheff
Elenco – Michael O’Keefe,
Karen Allen, Peter Fonda, James Woods, Brian Dennehy, Elizabeth Ashley.
O jovem Danny (Michael
O’Keefe) é um promissor atleta que está cursando a universidade e que tem tudo
para seguir uma bela carreira. Ao ser levado pela namorada Rebecca (Karen Allen) para
assistir a um culto religioso comandado por um guru chamado Kirklander (Peter
Falk), Danny muda completamente sua vida. O jovem sofre uma verdadeira lavagem
cerebral e decide abandonar tudo para seguir os ensinamentos do guru, inclusive
alterando seu nome para Joshua. Desesperados, os pais de Danny (Brian Dennehy e
Elisabeth Ashley) contratam um especialista em resgatar jovens de seitas (James
Woods).
Junto com o movimento hippie nos anos sessenta, proliferaram as seitas
e os gurus, em sua maioria picaretas que arrebanhavam jovens para trabalhar de
graça, vender bugigangas e até servir de brinquedos sexuais em alguns casos
mais radicais. Este interessante drama ficcional utiliza esta premissa real
para contar uma história universal sobre jovens que se entregam a estas seitas
sem imaginar a furada que estão entrando.
O longa tem uma boa narrativa e um
elenco competente, com destaque para um jovem James Woods e para o sempre
marcante Brian Dennehy, além de Peter Fonda totalmente canastrão como o guru. Na época, Michael O’Keefe era uma promessa, assim como Karen Allen. Os dois
seguiram carreiras semelhantes sem conseguir se firmar, intercalando
participações em filmes e séries de tv, com papéis de coadjuvante no cinema.
Como informação, o diretor canadense Ted Kotcheff tem uma longa carreira que
começou na tv nos cinquenta, tendo seu auge no cinema nos anos oitenta, com
este longa e outros bons trabalhos como a aventura de guerra “De Volta Para o
Inferno”, a comédia cult “Um Morto Muito Louco” e seu melhor filme, o hoje
clássico “Rambo – Programado Para Matar”.
Fogo Sagrado! (Holy Smoke, EUA / Austrália, 1999) – Nota 5,5
Direção – Jane Campion
Elenco – Kate Winslet, Harvey Keitel, Julie Hamilton, Sophie
Lee, Dan Wyllie, Paul Goddard.
Ruth (Kate Winslet) é uma jovem australiana que durante uma
viagem para Índia, decide abandonar tudo e passa a seguir os ensinamentos de um
estranho guru. Alertada por uma amiga que voltou para Austrália, a mãe de Ruth
(Julie Hamilton) viaja para Índia e engana a filha dizendo que seu pai está
prestes a morrer, sendo esta a única forma de trazê-la de volta.
Para tentar manter a filha em casa, Ruth e seus
filhos contratam o americano P. J. Waters (Harvey Keitel), especialista em
resgatar jovens que sofreram lavagem cerebral em seitas. Para a experiência
funcionar, Ruth é deixada com Waters em uma casa isolada em uma fazenda no
deserto australiano. O desafio inicial se torna uma complicada disputada de egos
e desejos.
A diretora neozelandesa Jane Campion chegou ao auge com o premiado
drama “O Piano”, porém seus trabalhos posteriores se mostraram inferiores. Este
“Fogo Sagrado!” é um filme extremamente irregular. O embate dramático entre
Keitel e Winslet não convence, assim como a obsessão dos personagens na parte
final. Os coadjuvantes também são caricatos, forçando algumas sequências cômicas que não
se encaixam com a trama.
Vale destacar as cenas de sexo e nada mais.
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