Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings, Inglaterra /
EUA / Espanha, 2014) – Nota 6,5
Direção – Ridley Scott
Elenco – Christian Bale, Joel Edgerton, John Turturro, Aaron
Paul, Ben Mendelsohn, Maria Valverde, Sigourney Weaver, Ben Kingsley, Isaac
Andrews, Hiam Abbas, Indira Varna, Ewen Bremner, Golshifeth Farahani.
Após mais de quatrocentos anos vivendo como escravos no
Egito, o povo hebreu ainda espera a chegada de um salvador para guiá-los de
volta à Terra Prometida.
Neste contexto, quando Faraó Seti (John Turturro)
adoece e seu filho Ramses (Joel Edgerton) se prepara para sucedê-lo, o então
general de guerra Moisés (Christian Bale) descobre ser filho de escravos e ter
sido adotado pela irmã do Faraó. Mesmo criados como irmãos, o fato transforma
Ramses e Moisés em inimigos, com o segundo sendo expulso para viver no deserto,
local onde encontrará seu caminho planejado por Deus.
Quando se fala em gênero
épico, logo vem à cabeça dos cinéfilos os grandes filmes dos anos cinquenta e
sessenta. Há mais ou menos dez anos, várias produções reativaram o gênero com
razoável sucesso de público e quase nenhum de crítica. Inclusive o diretor
Ridley Scott se aventurou no mediano “Cruzada”. Esta nova incursão de Scott ao
gênero resulta também numa obra apenas razoável.
É interessante notar que os filmes
épicos antigos demandavam um trabalho extremamente complicado para o diretor e
a equipe técnica. Imagine lidar com centenas de figurantes nas batalhas ou nas
cenas em que reis e faraós discursavam para o povo, ou ainda, em como criar
cenas como a abertura do Mar Vermelho em “Os Dez Mandamentos”.
Como opinião
pessoal, a maioria dos épicos atuais não passam realismo algum nas grandes
batalhas anabolizadas pelo CGI e quando a narrativa é longa e irregular, como
acontece neste trabalho de Ridley Scott, o filme perde boa parte de sua força.
O roteiro abrange os fatos mais importantes na vida de Moisés, porém o
transforma num misto de gladiador e profeta, talvez para tentar agradar tanto
os que gostariam de uma história mais próxima da bíblia, como para as novas gerações
que desejam ver cenas de ação.
Não é uma bomba como “Noé” por exemplo, mas se o
cinéfilo quiser ver um grande filme sobre a vida de Moisés, “Os Dez Mandamentos
“ continua imbatível.
2 comentários:
Pois é, Os Dez Mandamentos ainda tem seu lugar. Acho que o principal problema do filme é não se definir entre o mito e o realismo. Mas, não é de fato uma bomba.
bjs
Amanda - Infelizmente o filme no meio do caminho entre mito e realismo, afetando o resultado.
Bjos
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