Até a Eternidade (Les Petits Mouchoirs, França, 2010) – Nota
7,5
Direção – Guillaume Canet
Elenco – François Cluzet, Marion Cotillard, Benoit Magimel,
Gilles Lellouche, Jean Dujardin, Laurent Lafitte, Valérie Bonneton, Pascale
Arbillot, Anne Marivin, Louise Monot.
Na sequência inicial, a câmera segue Ludo (Jean Dujardin)
dentro de uma casa noturna. O sujeito mexe com algumas garotas, conversa com um
amigo e se mostra extremamente agitado por causa das drogas e da bebida. De
repente ele fica quieto, se despede do amigo e sai do local. Vemos que é início
da manhã. Ele acende um cigarro, sobe em sua moto e poucos metros depois é
violentamente atropelado.
A câmera corta para o hospital, onde várias pessoas
se encontram na sala de espera. Rapidamente descobrimos que é um grupo de
amigos de Ludo. Eles entram na UTI e se assustam com a aparência do amigo. Mesmo
assim, ao sair do hospital, eles decidem manter a viagem de férias para o
litoral francês, sem o amigo ferido, é claro. A partir daí, aos poucos o
espectador conhecerá cada um dos personagens, suas virtudes, seus defeitos e as
várias mentiras que contam para manter as aparências de uma vida normal.
O
roteiro escrito pelo ator e diretor Guillaume Canet lembra em parte “O
Reencontro” que Lawrence Kasdan dirigiu nos anos oitenta. Naquele filme, um
grupo de amigos da universidade se reencontravam após alguns anos para o
funeral de um colega, sendo que aqui, as férias na praia são um encontro anual
que se torna mais complicado por causa do acidente.
O desenvolvimento dos
personagens é um dos pontos altos. François Cluzet faz o líder do grupo,
sujeito com boa vida financeira, mas que sofre por ser exigente e mal humorado.
Benoit Magimel faz o jovem casado, pai de três filhos, que ao contar um segredo
para o personagem de Cluzet, dá início a um conflito silencioso. Marion
Cotillard é a ex-esposa do acidentado, que não consegue manter os
relacionamentos. Temos ainda o solteirão irresponsável de Gilles Lellouche e o
apaixonado que sofre por ter sido abandonado interpretado por Laurent Lafitte.
É
uma boa opção para quem gosta de dramas sobre amizade e relacionamento.
Como
curiosidade, a tradução literal do título original seria “Mentirinhas”.
4 comentários:
Acho que poderia ser mais curto, mas é um bom drama mesmo. Um belo tratado sobre amizade.
bjs
Amanda - A amizade e os relacionamentos são tratados com grande sensibilidade.
Bjos
Gosto bastante desse filme e o elenco é divino <3
Marília - O elenco é um dos pontos altos do filme.
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