Slacker (Slacker, EUA, 1991) – Nota 7,5
Direção – Richard Linklater
Elenco – Richard Linklater
Durante vinte e quatro horas, a câmera do diretor Richard
Linklater capta pelas ruas de Austin, no Texas, pequenas situações cotidianas
de diversos personagens que se cruzam.
O longa começa com o
próprio Linklater chegando na rodoviária da cidade, entrando em um táxi e
falando sem parar sobre variados assuntos para um motorista impassível, que não
abre a boca. Este é um dos pontos principais do filme, a falta de comunicação
entre as pessoas, ou melhor, a falta de interesse em ouvir o que o outro está
falando.
Vale lembrar que o filme foi produzido numa época anterior à internet
e ao telefone celular, em que as notícias e os boatos corriam de boca a boca,
criando lendas e que as pessoas precisavam conversar frente a frente, o que
teoricamente faria a comunicação ser mais fácil, mas que a realidade mostrada aqui comprova ser
o contrário.
Entre as várias situações, as que mais se destacam são a do sujeito
adepto de teorias conspiratórias, o velho contador de histórias e mentiras, o
rapaz que deixou cartões postais para se despedir, o assassino da mãe e o
sinistro papanicolau da Madonna.
Linklater já mostrava seu talento para
escrever diálogos que filosofam sobre a vida, por sinal, a quantidade de diálogos é
gigantesca, além do hábito em filmar planos sequências nas ruas, com sua câmera seguindo
personagens que estão conversando e andando.
É um interessante exercício de
cinema, indicado para os fãs do diretor.
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